Comunicações: Francisco pede combate da «indiferença» em programa de televisão que aposta em «rostos» e «histórias» de pessoas «do nosso tempo»

Papa recebeu equipa de programa televisivo «A Sua Imagem», nascido da colaboração entre a RAI e a Conferência Episcopal Italiana

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 04 mar 2023 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hoje a equipa editorial do programa de televisão «A Sua Imagem», da televisão italiana, RAI, a quem pediu para dar rosto ao “Evangelho vivo” e a continuaram o caminho do combate à indiferença.

“Através dos seus convidados e dos filmes testemunham, domingo após domingo, graciosamente e sem gritar, tantas experiências de vida e de serviço. Lembra-nos que há jovens capazes de se empenharem e de se gastarem pelos outros; também mostra os dramas da humanidade, mas através de histórias que nos permitem manter viva a esperança, porque nos permitem vislumbrar a beleza do Evangelho vivido”, afirmou Francisco no final de uma audiência num discurso publicado pela Sala de imprensa da Santa Sé.

“Encorajo-vos a fazer isto, encorajo-vos a continuar neste caminho. Há necessidade de «globalizar» a solidariedade e não a indiferença. Hoje em dia, a indiferença é tão globalizada!”, acrescentou.

O programa, nascido da colaboração entre a RAI e a Conferência Episcopal Italiana, é emitido semanalmente ao domingo e Francisco reconhece que o acompanha “em parte”, quando no final da Missa se prepara para a recitação do Ângelus, na Praça de São Pedro.

“Quando chego para o Ângelus, quase no fim da Missa, para ler de novo, vocês começam e até ao meio-dia eu ouço-vos. Um pouco como uma ‘sala de espera’ para o Ângelus. Antes de ir à janela, gosto de o seguir durante alguns minutos, e por vezes menciono algum conteúdo que me impressionou particularmente”, reconhece.

“O vosso programa apresenta rostos e histórias de homens e mulheres do nosso tempo. Fá-lo, em particular, dando voz aos mais fracos e àqueles que sofrem; fá-lo contando àqueles que vivem o Evangelho nas periferias geográficas e existenciais de Itália e do mundo; fá-lo abrindo ‘janelas’ sobre situações e lugares que muitas vezes escapam ao radar da opinião pública”, indica.

O Papa sublinhou o poder que “a imagem” tem.

“A mudança de época, somos testemunhas vivas da perda, por tantas pessoas, da própria consciência de serem filhos de Deus, criados “à sua imagem”. Há necessidade de a reavivar. Porque aí, nesta ‘imagem’, está a origem e o fundamento da dignidade humana irredutível; a origem e o fundamento do nosso ser todos irmãos e irmãs, porque somos filhos do único Pai, amados e criados ‘à sua imagem’”, indicou.

O programa «A Sua imagem», “pode contribuir muito” para “testemunhar o Evangelho” e “mostrar que existe um Deus de misericórdia” que espera por todos, indicou Francisco.

“Agradeço-vos e à RAI porque ajudais a dar ressonância aos apelos que, após o Ângelus ou o Regina Caeli, faço pelos nossos irmãos e irmãs em condições de graves dificuldades. Desta forma ajudam os telespectadores a não os esquecer, a estar perto deles com a oração, com ajuda concreta e com empenho diário”, concluiu.

LS

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