No Encontro das famílias pediu-se às mães que fiquem em casa para cuidar dos seus filhos Os jovens são influenciados pela Comunicação Social e “as gerações formam os seus critérios a partir do que é difundido pelos meios de Comunicação”, visto que estes “impõem as suas regras” – afirmou Norberto González Gaitano, Professor da Universidade de Santa Cruz, no VI Encontro Mundial das Famílias, a decorrer no México até dia 19 deste mês. Na sua conferência, o orador sublinhou que os jovens “formam o seus juízos sobre a família” por aquilo que os meios de Comunicação Social apresentam. Estes têm uma “influência maior que os pais e escola” – lamentou. O responsável pela área de saúde do Vaticano, cardeal Javier Lozano, e o ex-presidente do Episcopado Latino-americano Oscar Rodríguez Madariaga, defenderam, ontem (15 de Janeiro) a “família nuclear” e repudiaram as uniões homossexuais, no Encontro Mundial da Família, que acontece na Cidade do México. Os dois prelados denunciaram também “o abandono dos idosos”. Durante o encontro, que acontece a cada três anos desde 1994 e conta com a participação de 30 cardeais, 200 sacerdotes e cerca de 8 mil leigos de 90 países, o bispo mexicano Lozano disse que “o modelo de família para a Igreja católica, a nuclear, é o melhor”. Além disso, propôs às mulheres a fórmula de “menos pão e mais casa”, ao pedi-las que fiquem em casa para não descuidar dos seus filhos, mesmo com a redução na receita familiar registada ao redor do mundo. “Os pais não podem renunciar à sua função essencial. Ter um filho não é procriar um filho, mas humanizá-lo”, argumentou, afirmando que a ausência dos pais na casa caminha paralela ao “descuido com os avós, que vêm sendo relegados como trastes velhos” – disse. Ao falar a respeito das uniões entre pessoas do mesmo sexo, Rodríguez Madariaga afirmou que “uma legislação não decide o que é um matrimónio”. “O criador desenhou homem e mulher, desenhados para transmitir a vida. Quando os dois são do mesmo sexo, não pode haver fecundação” – explicou. O arcebispo de Quebec, no Canadá, Marc Ouellet, reflectiu sobre “o matrimónio e a família que se transformaram num campo de batalha onde a secularização tenta ferir ambas as instituições”. Com Agências