Comissão episcopal aponta o dedo à decadência ética nos Meios de comunicação social

Os responsáveis da Igreja Católica em Portugal pela área das Comunicações sociais estão muito preocupados pela decadência ética constatável nos mass media e pedem mais respeito pela verdade e pela honorabilidade das pessoas. A Comissão episcopal para as comunicações convidou ontem, 28 de Maio, uma série de profissionais da comunicação para um debate sobre o tema “a responsabilidade dos media na promoção do bem comum”, em preparação do XXXVIII Dia Mundial das Comunicações Sociais que vai ter lugar já no próximo Domingo, 1 de Junho. Aos profissionais da comunicação foi pedido respeito pela verdade, resistência às pressões que reflectem interesses privados, tendo o presidente da Comissão Episcopal, D. João Alves, recordado que a tarefa do jornalista “não se compadece de amadorismo, nem deve servir o sensacionalismo ou as guerras de audiência”. Francisco Sarsfield, director de informação da RR, foi convidado para apresentar a mensagem do Papa para dia 1 de Junho e insistiu no “retrocesso” visível na área da objectividade e da verdade no desempenho dos jornalistas, lamentando que o sofrimento seja “explorado num contexto sensacionalista”. A forma como estão a ser tratados recentes escândalos ligados a casos de pedofilia foram apresentados como exemplos desta exploração sensacionalista e exagerada. “A lógica da grande maioria dos Meios de Comunicação Social, neste momento, é a lógica do conflito, da desconfiança, ao serviço de pressões das mais variadas origens”, afirmou ainda Sarsfield Cabral.

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