Após a onda mediática que se gerou em volta da libertação de Ingrid Betancourt e um grupo de reféns, no início de Julho, a Caritas da Colômbia vem a público dizer que é cedo para cantar vitória, porque continua a existir é “um conflito silencioso”. Segundo a organização católica para a solidariedade “muitas outras tragédias que ocorrem neste país não são divulgadas”, lembrando o caso de um trabalhador da Caritas assassinado no passado dia 24 de Junho ou dos quatro professores sequestrados nessa mesma semana, dois dos quais foram posteriormente executados. “A libertação de Ingrid Betancourt é uma notícia muito boa para a Igreja e um grande passo para resolver a crise humanitária na Colômbia”, explica D. Hector Fabián Henao, secretário-geral da Caritas Colômbia. No entanto, acrescenta que “devemos esperar para ter um mapa mais claro da situação, porque esta é uma crise muito complicada”. “Alguns grupos armados não entendem o compromisso da Igreja. Confundem-se e pensam que se a pessoa trabalha a favor das vítimas do conflito, está contra eles”, refere este responsável. Redacção/Zenit