Colômbia: «Banho de multidão» marcado por palavras e gestos do Papa em defesa da vida

Missa ao ar livre reuniu mais de um milhão de pessoas em Bogotá

Bogotá, 07 set 2017 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje a uma Missa para mais de um milhão de pessoas em Bogotá, no Parque Simón Bolívar, tendo deixado gestos e palavras em defesa da vida.

Francisco alertou os participantes para “as trevas da falta de respeito pela vida humana que diariamente ceifa a existência de tantos inocentes, cujo sangue brada ao céu”.

Antes da sua homilia, o Papa foi acolhido no espaço ao ar livre por um grupo de crianças com deficiência, com as quais caminhou de mãos dadas.

O município de Bogotá informou que a multidão reunida no Parque Simón Bolívar era superior a 1,3 milhões de pessoas.

Milhares de pessoas acompanharam também o percurso em carro fechado e papamóvel aberto que Francisco tinha feito desde a Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé), neste segundo dia de viagem pontifícia.

“Em Bogotá e na Colômbia, peregrina uma comunidade imensa, que é chamada a tornar-se uma rede vigorosa que congregue todos na unidade, trabalhando na defesa e cuidado da vida humana, particularmente quando é mais frágil e vulnerável: no seio materno, na infância, na velhice, nas condições de invalidez e nas situações de marginalização social”, referiu o Papa à multidão que se reuniu desde a primeira horas do dia, apesar da chuva que caiu sobre esta zona da capital colombiana.

A intervenção aludiu às “densas trevas” que ameaçam e destroem a vida na Colômbia, da injustiça e desigualdade social à corrupção, passando pelas “trevas da sede de vingança e do ódio”.

Francisco desafiou, por isso, todos os católicos a ser “construtores da paz e promotores da vida”.

Esta foi uma Missa votiva pela paz e a justiça, com a participação da Orquestra Sinfónica de Bogotá para os cânticos da celebração.

No momento da oração dos fiéis, uma das orações foi apresentada por um representante das comunidades indígenas da Colômbia.

Francisco reuniu-se depois da Missa, durante breves momentos, com um grupo de bispos da Venezuela.

O Papa encerrou a agenda do dia com um pequeno encontro junto da Nunciatura Apostólica, onde pernoita até domingo, com grupos de crianças, idosos e pessoas com deficiência intelectual, junto das quais defendeu “um mundo em que a vulnerabilidade seja considerada como a essência do humano”.

“Não se pode, não se deve descartar ninguém”, sublinhou, antes de despedir-se.

OC

Notícia atualizada às 01:11 de 08.09.2017

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Agência ECCLESIA

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