Colômbia: apelo à libertação de todos os reféns

Bispos católicos alertam para «oportunidade de diálogo com o Governo» após a operação que resgatou 15 pessoas O episcopado colombiano manifestou a sua alegria com a notícia da libertação de 15 pessoas que estavam sob poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e pede a esta organização que liberte os restantes cativos. A noticia foi ontem avançada pelo ministro colombiano da Defesa, Juan Manuel Santos, que garantiu que a antiga candidata presidencial Ingrid Betancourt, três norte-americanos e 11 militares que se encontravam sequestrados pelas FARC já estavam em liberdade. O Presidente da Conferência Episcopal colombiana, D. Luís Augusto Castro Quiroga, pediu numa mensagem aos dirigentes das FARC para “libertarem o quanto antes os cativos”, indicando que “a melhor saída são as negociações”. D. Castro Quiroga disse que a libertação dos reféns é uma notícia “que me enche de profunda satisfação” e agradeceu pelo fim do sofrimento dos familiares das vítimas. “Que o resgate sirva como um indício para que as FARC admitam com seriedade a possibilidade de dialogar com o Governo”. O Cardeal Pedro Rubiano Sáenz, Arcebispo de Bogotá, assegurou que esta “é uma grande notícia” e confiou nas FARC para que “entendam que têm aqui uma oportunidade de se integrar no país e de libertar os reféns”. O Arcebispo de Bogotá recordou que a vida é igual para todos e afirmou acreditar que se as FARC libertarem todos os reféns, “o Governo irá desenvolver uma negociação especial”. Em Fevereiro, Bento XVI encontrou-se com a mãe de Ingrid Betancourt, uma das mais conhecidas reféns das FARC, guerrilha colombiana. Antes, o Papa pedira que se reze pelos “filhos e filhas” da Colômbia, que “sofrem a extorsão, o sequestro e a perda violenta dos seus entes queridos”. “Peço ao Senhor que se ponha definitivamente termo a esse sofrimento desumano e se encontrem caminhos de reconciliação, respeito mútuo e concórdia sincera, restaurando-se assim a fraternidade e a solidariedade, que são as bases sólidas para alcançar o justo progresso e construir uma paz estável”, indicou Bento XVI. Esta semana, o Papa pediu o fim da “violência e dos sequestros” na Colômbia, numa mensagem dirigida à Conferência Episcopal deste país, reunida em plenária para assinalar o centenário da sua fundação Numa videomensagem, Bento XVI desejava que terminem quanto antes as situações que causaram tanta dor” na Colômbia, para que a “paz possa reinar, estável, em clima de esperança e bem-estar”. FOTO: Lusa

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