Colaboração da Igreja na construção do Ruanda

O cardeal Crescenzio Sepe salientou a responsabilidade da Igreja católica, e em particular dos bispos ruandeses, na construção do novo Ruanda. Durante a visita pastoral do prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos àquele país, o purpurado reconheceu o avanço na normalização da situação no Ruanda, devido ao empenho da Igreja para superar a crise. “Desejo que este processo, ainda que longe do seu cumprimento, possa continuar a alcançar frutos cada vez mais abundantes: especialmente a paz, a liberdade, a convivência serena de todos os ruandeses e o desenvolvimento do país”, disse depois de transmitir aos bispos a saudação do Santo Padre, que “não cessa de acompanhar-vos com a sua oração e com a sua benção apostólica”. O Ruanda viveu um dos genocídios mais sangrentos da história. Através da repressão do exército contra a população tutsi morreu mais de um milhão de pessoas. A Igreja também pagou um preço elevadíssimo com a morte de três bispos, 123 sacerdotes (109) diocesanos) e mais de 300 religiosas. “As feridas do povo ruandês na sua dignidade humana e religiosa são profundas” – afirmou Crescenzio Sepe. E adianta: “além de cicatrizar lentamente, necessitam de uma adequada ajuda espiritual, moral e psicológica”. O prefeito do órgão missionário da Santa Sé dirigiu-se directamente aos bispos: “Sois os construtores da nova sociedade ruandesa já que de vós depende, em grande parte, a formação dos jovens, dos líderes cristãos, que poderão assumir com competência as suas responsabilidades civis, que têm que viver à luz do Evangelho e da fé em Deus”.

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