Coimbra: Sé Nova precisa de dois milhões para integrar Rota das Catedrais

Melhorar as acessibilidades à Sé Nova, nomeadamente para quem vem do lado do Museu Machado de Castro, muito provavelmente através da instalação de elevadores, ou melhorar a segurança de bens e visitantes, possivelmente através de um sistema de videovigilância. São apenas dois dos projectos de um programa ambicioso de ideias para serem concretizadas até ao final de 2013, na Sé Nova de Coimbra.

No total, serão necessários dois milhões de euros de investimentos para que, dentro quatro anos, este que é um dos mais importantes monumentos do património religioso português possa estar à altura de pertencer à Rota das Catedrais, um projecto nacional que envolve mais de duas dezenas de igrejas de Portugal – onde também se inclui a Sé Velha – e que, graças a um protocolo entre o Ministério da Cultura e a Conferência Episcopal Portuguesa, irá recuperar e conservar o valor patrimonial destes monumentos numa tentativa de virem a ser mais usufruídos e com melhores condições por quem os visita.

No caso da Sé Nova, este projecto, formalizado em Junho, foi encarado como “uma oportunidade única” para fazer face às “muitas necessidades” existentes, não só no que diz respeito ao edifício, mas também a todo o seu património material, como confessou o pároco cónego Sertório Martins ao «Diário de Coimbra».

As acessibilidades e a segurança serão as principais preocupações, mas junta-se a urgência no restauro dos 12 retábulos e altares – num valor global de 800 mil euros – e na recuperação de telas, esculturas e imagens religiosas que venham a ser parte de uma exposição permanente a estar patente num espaço museológico que será criado, também no âmbito da Rota das Catedrais.

Os projectos relativos à segurança e acessibilidades não estão ainda definidos. O pároco acredita que possam vir a ser instalados elevadores da Rua de S. João (junto ao Museu Machado de Castro) até ao largo da Sé Nova onde, neste momento, existe apenas uma grande escadaria. A colocação de câmaras de videovigilância seria uma solução para evitar alguns problemas com assaltos e actos de vandalismo já registados, mas “são coisas que ainda não passaram para o papel”, continuou.

“É nosso objectivo principal dar melhores condições a quem nos visita”, confirmou o cónego Sertório Martins, adiantando que estes e outros projectos foram discutidos esta semana numa reunião sobre a Rota das Catedrais que se realizou na Delegação Regional da Cultura do Centro. Os projectos concretos terão de estar prontos em Março, altura das candidaturas ao QREN, que deverá comparticipar o projecto.

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