Coimbra: Saudação a Santa Isabel é voz «de um povo oprimido»

Festas da padroeira da cidade terminam este domingo

Coimbra, 11 jul 2014 (Ecclesia) – O padre António Jesus Ramos na saudação a Santa Isabel, alertou “contra os nefastos desatinos de muitos” que prejudicam o povo português em benefício próprio, esta quinta-feira à noite, no Largo da Portagem em Coimbra.

“São muitos os que me solicitam que desabafe toda a torrente de amargura que lhes invade o coração”, começou por assinalar o padre António Jesus Ramos que pediu a Santa Isabel a sua intercessão “em favor de um povo oprimido por alguns que se foram afastando depois de se terem apoderado desavergonhadamente daquilo que, à partida, é de todos, e daquilo que é fruto do trabalho e do suor dos que labutam por uma vida mais digna e tranquila”.

Na saudação enviada à Agência ECCLESIA, o pároco da igreja de São Bartolomeu, “sem” se “afastar da caridade a que o Evangelho obriga” explicou à Padroeira da cidade de Coimbra que o povo clama “contra os nefastos desatinos de muitos” que “sem competência, sem preparação e sem qualidade, se foram colocando à frente dos destinos da nação” e de outros que “com desonestidade flagrante foram engordando os seus cabedais”.

Na procissão de penitência, o padre António Jesus Ramos, queria denunciar “as más ações”, como “os roubos descarados, os assaltos ao tesouro público” e “as corrupções aos mais diversos níveis”, mas também “os autores” que “perderam o pudor de verem os seus nomes divulgados na praça pública”.

O professor de Teológia pretende que esta saudação, ao ser voz do povo presente na Praça da Portagem em Coimbra, “produza efeitos de mudança”.

O também diretor do jornal “Correio de Coimbra”, alerta ainda para a “comunicação social desvirtuada do seu verdadeiro papel” que dá destaque às situações que beneficiam apenas um grupo e alerta que “os atropelos que, a coberto dos mais sofisticados meios, alguns deles tornados legais” não podem ficar em silêncio.

Na saudação, intitulada «Presença da Rainha Santa reanima a esperança do Povo», o padre António Jesus Ramos conclui que “o Povo de Portugal continua a olhar para a sua Rainha Santa como a protetora dos desvalidos” e destacou que “há espaço para o futuro” depois “da borrasca desta tempestade” provocada por “ventos domésticos e ciclones tenebrosos vindos de fora”.

Na procissão de penitência, a imagem da Rainha Santa Isabel foi conduzida do Convento de Santa Clara-a-Nova para a igreja de Santa Cruz, onde fica exposta até domingo e regressa em Procissão Solene à igreja sobranceira à cidade que guarda o seu túmulo.

CB/JCP

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Agência ECCLESIA

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