Coimbra procura maior compromisso laical

Mil crianças que fizeram a primeira comunhão participaram no Dia da Igreja Diocesana

D. Albino Cleto pediu um “maior e mais vasto compromisso de leigos” com vista a uma maior dinamização das paróquias. O bispo de Coimbra deixou este apelo às cerca de três mil pessoas que se juntaram para o Dia da Igreja diocesana, o último presidido pelo actual bispo.

“É preciso uma palavra de estímulo, alegria e esperança à família diocesana”, assegurou o bispo de Coimbra, lamentando a “lentidão na dinamização das paróquias”.

D. Albino pediu por isso, “maior e mais vasto compromisso de leigos para pôr em prática o futuro das paróquias e da diocese”.

Foi durante a celebração do Dia da Igreja Diocesana que se celebrou este Domingo, dia 30, no Parque das Abadias, na Figueira da Foz, que D. Albino Cleto fez questão de referir que ainda é bispo titular.

Com 75 anos celebrados em Março, D. Albino Cleto pediu a resignação, estando a aguardar a nomeação de novo bispo titular para a diocese.

“Enquanto sou bispo, sou bispo todos os dias”, disse à Ecclesia. Nos meses em que ainda é responsável, explica, “vou vivê-los enquanto pastor da diocese de Coimbra sem contar os dias que faltam”.

“É nesse sentido que aqui estou”, afirma garantindo que em futuros anos tenciona continuar a participar enquanto bispo emérito.

Desde 2001 à frente da Igreja diocesana de Coimbra, D. Albino Cleto aponta que tentou criar um dinamismo e vivacidade.

“Não o fiz sozinho”, indica, referindo-se ao clero diocesano, a catequistas e leigos adultos.

De qualquer forma, na homilia dirigida a todos os participantes não deixou de evidenciar a necessidade do contributo de todos.

“Na vida da Igreja, a participação dos fiéis leigos encontra a sua primeira e necessária expressão na vida e missão da Igreja particular, da diocese, na qual está verdadeiramente presente e actua a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica”, esclareceu D. Albino, acrescentando: “a Igreja é como uma esposa: também envelhece mas, apesar das rugas, mantém-se bela”.

As actividades culturais deste dia foram especialmente dirigidas às crianças. Pais e filhos juntaram-se no Parque das Abadias numa iniciativa que teve presente as cerca de 1000 crianças preparadas para este ano receber a primeira comunhão.

D. Albino adiantou que “a Igreja Católica continua a ser um abrigo absolutamente seguro para as crianças”. A prova desta verdade, “são as 10 instituições da Diocese que acolhem crianças”, explicou, asseverando que “a Igreja é um abrigo seguro para as crianças.”

Sobre a formação catequética o bispo explica a importância do estabelecer um percurso com as crianças.

“Procuramos que a primeira comunhão seja mais do que uma festa, mas uma plantação de uma grande árvore que é a vida cristã alimentada por Jesus pão da vida”, enfatiza o bispo de Coimbra, lamentando que o percurso catequético seja visto como um somar de festas – Primeira comunhão, Profissão de fé e Crisma.

“O Crisma parece uma festa de final de fase ou etapa e não um crescimento”. Para contrariar esta tendência é “decisivo o exemplo e o enquadramento da família”, indica o bispo de Coimbra.

Com esse objectivo, ao longo do ano pastoral foram feitos encontros, “por regiões” com os pais e padrinhos.

“A festa e os encontros ao longo do ano procuram conscientizar os pais e chamá-los a atenção para o facto de a vida espiritual do filho ter de ser cuidada”, sublinha D. Albino Cleto.

Também o responsável pelo Secretariado Diocesano da Evangelização e Catequese, Rodolfo Leite, evidencia um trabalho contínuo.

O desejo é que as crianças “não fiquem apenas pela primeira comunhão mas possam seguir a sua formação catequética”.

O número de crianças que participaram no dia de actividades culturais “ultrapassou as previsões”, indica Rodolfo Leite, que deixa ainda o desejo de que as crianças possam descobrir “a paixão de ser Igreja” e “que o encontro com Jesus Cristo as leve a ser a sua imagem no mundo”.

O dia contou ainda com uma mesa de testemunhos sobre o tema escolhido para a actividade – «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei».

Ouviram-se palavras de vida e “amor a Deus, à família e ao próximo” intercalados por momentos musicais proporcionados pelo Padre João Paulo Vaz, com o Bispo de Coimbra a fazer o encerramento deste espaço de testemunho e reflexão.

Com Amicor

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