Coimbra: Pastorinhos são «autêntico sinal da fé no Deus de misericórdia»

D. Virgílio Antunes presidiu a Eucaristia do 11.º aniversário da morte da irmã Lúcia

Coimbra, 15 fev 20156 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou na homilia da Missa de aniversário da Morte da irmã Lúcia, no Carmelo de Santa Teresa, que a vida dos pastorinhos videntes de Fátima “é um autêntico sinal da fé no Deus de misericórdia”.

“Os Três Pastorinhos contemplam por graça esse olhar terno da Mãe que reflete o olhar de Deus. Como crianças totalmente desprovidas de poder, deixam-se tocar por dentro, acolhem e aceitam a força do amor, que transforma, converte e salva”, disse D. Virgílio Antunes na missa do 11.º aniversário da morte da irmã Lúcia, em Coimbra.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado destacou que os apelos repetidos de “sacrifícios e orações pela conversão dos pecadores” tornaram-se a causa maior das suas vidas.

“A perdição maior só encontra saída no amor maior, o arrependimento é o sinal humano da fé no Deus que chama os pecadores para que se convertam e vivam”, observou.

Neste âmbito, na Eucaristia celebrativa do 11.º aniversário da morte da irmã Lúcia, recordou a “segunda memória” da religiosa carmelita: “De tudo que puderdes, oferecei a Deus sacrifício em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e súplica pela conversão dos pecadores.”

O bispo de Coimbra, que começou a homilia a comentar a leitura de São Lucas, sobre o chamamento do publicano Levi, revelou que quando se pensa nas aparições de Nossa Senhora em Fátima parece ver-se “claramente atualizado o mistério de graça narrado pelo Evangelho”.

“Como enviada de Deus, ela vem ao encontro da humanidade pecadora, traz no olhar triste e no coração cercado de espinhos o sofrimento de Deus que viu a miséria do seu povo”, observou D. Virgílio Antunes, acrescentando que Deus comove-se com “os seus filhos perdidos e está disposto a perdoar até à milésima geração”.

Segundo o bispo de Coimbra, a vida de Lúcia, Jacinta e Francisco é “um autêntico sinal da fé no Deus de misericórdia” que se revela a “todos os seus filhos e pode transformá-los para sempre”.

Por outro lado, acrescentou, a vida dos videntes mostra como se pode viver a missão de “testemunhar aos homens a misericórdia que abre as portas da conversão”.

Neste contexto, concluiu a homilia da missa do 11.º aniversário da morte da irmã Lúcia, assinalando que não cessa de “pedir o dom da sua canonização”.

“Para que a luz de Deus que brilhou nas suas vidas se torne mais refulgente no meio das trevas do nosso mundo, para que os homens se convertam e sejam salvos”, acrescentou D. Virgílio Antunes.

A irmã Lúcia de Jesus (1907-2005) viveu 57 anos de vida carmelita e encontra-se sepultada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima.

Foi uma das três crianças que entre maio e outubro de 1917 testemunharam seis aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, segundo os seus testemunhos, reconhecidos pela Igreja Católica.

Em 2008, o Papa Bento XVI abriu o processo de beatificação da vidente, depois de aceitar o pedido de dispensa do período de espera de cinco anos após a morte.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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