Jornadas de formação do clero encerram-se hoje
Coimbra, 23 jan 2014 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes considera que os leigos representam para a diocese “uma grande esperança na ação da Igreja” dado que são essenciais não só nas tomadas de decisões como na ação pastoral diária.
“A presença dos leigos nestas jornadas significa uma grande esperança na ação da igreja, revela que estão a empenhar-se bastante na sua responsabilidade enquanto cristãos, trabalham ativamente e querem trabalhar ativamente com conhecimento e formação, sendo parte integrante da discussão das questões que estão em destaque no plano pastoral da diocese, nomeadamente a nova evangelização”, disse h à Agência ECCLESIA, D. Virgílio Antunes .
O número de participantes nestas jornadas de formação, que se concluem hoje, “cresceu muito e desde o ano passado que esta formação está aberta aos leigos, que são tão importantes para uma sintonia pastoral maior”, refere.
“Em Coimbra há uma tradição já muito longa em assumir os leigos como parte integrante da vida pastoral da diocese, atualmente remodelamos os arciprestados e estamos a incentivar à criação de unidades pastorais para que os leigos possa ser ainda mais ativos”, informou o bispo de Coimbra explicando que esta presença dos leigos é essencial para colmatar “a falta de padres que se vai sentido em algumas zonas”.
As jornadas de formação permanente do clero abertas também à participação dos leigos decorrem no Seminário Maior de Coimbra e têm como tema ‘O mundo contemporâneo – Desafios à Evangelização’.
Na diocese existe “uma perceção muito genérica e por vezes superficial do que é a sociedade e as forças que conduzem as vidas da diocese mas queremos conhecer as diferentes áreas com ajuda destes conferencistas que nos ajudam com as sua reflexões a conhecer as áreas como a social, a cultura, a política e a economia”, explica D. Virgílio Antunes.
“É essencial porque a evangelização é situada no tempo atual e temos de estar preparados para ir de encontro ao mundo real que é o nosso”, conclui.
Numa das conferências Francisco Sarsfield Cabral falou sobre a política e a economia na atualidade do país e do mundo lembrando que “é preciso ter a noção que todos têm obrigação de ajudar os outros que sofrem e isso perdeu-se um bocado lamentavelmente”.
“O mundo está a atravessar uma crise difícil e Portugal também, há uma quebra dum sentido ético muito grande” que “levou as pessoas a desinteressar-se pelos outros” por isso “o papel da Igreja é muito importante para reverter esta situação”, referiu, em declarações à Agência ECCLESIA, o comentador da Rádio Renascença.
“Estudos recentes dizem que quanto mais ricas são as pessoas em Portugal menos têm interesse ou preocupação em ajudar os outros e isso é preocupante, não só em Portugal como em todo o mundo”, acrescentou.
“A Igreja não tem receitas políticas, nem económicas, nem sociais, a Doutrina Social da Igreja é teologia moral mas incita as pessoas a procurarem as soluções, tal como tem obrigação de estimular a ajuda aos mais pobres e tem feito aí um grande papel”, conclui Sarsfield Cabral.
O encontro de formação termina com uma conferência a cargo do bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes.
MD