Coimbra: Igreja Diocesana «precisa de mais jovens para o seu serviço» – D. Virgílio Antunes

Bispo desafia novas gerações para «crescimento na fé e para o fortalecimento da esperança»

Foto Diocese de Coimbra

Coimbra, 17 nov 2020 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou que a  Igreja diocesana “precisa de mais jovens para o seu serviço”, um alerta lançada na homilia da solenidade da Dedicação da Catedral, esta segunda-feira.

“Deixem que Cristo entre na vossa casa, continuem a transpor a porta da Igreja para a escuta da Palavra, para a celebração da Eucaristia, para experimentar a alegria da intimidade orante com Deus, para o crescimento na fé e para o fortalecimento da esperança”, disse D. Virgílio Antunes, aos jovens da diocese, numa intervenção posteriormente publicada online.

No dia da Dedicação da Catedral, o bispo de Coimbra referiu-se ao “dom da vocação” que todos receberam, sublinhando em particular que sacerdócio “é, sem dúvida, uma grande e bela vocação”.

“É, ao mesmo tempo, um caminho de realização pessoal e um serviço incomparável à humanidade, pois nasce da comunhão íntima com Cristo, que nos associa à missão da Igreja”, acrescentou.

Na celebração, foram instituídos no ministério dos leitores e dos acólitos dois seminaristas de Coimbra, respetivamente Vítor Pauseiro e António José, apresentados “como um sinal de Deus enviado á Igreja Diocesana”.

“Sentimo-nos muito felizes pelo caminho que estão a fazer como pessoas e como cristãos; Neles, saudamos os outros seminaristas, gratos pelo seu sim à vocação sacerdotal”, disse D. Virgílio Antunes.

Na igreja da Sé Velha, o bispo de Coimbra explicou que “ao longo de muitos séculos” a catedral se encontra edificada no centro da cidade “como verdadeira ‘domus ecclesiae’, como a casa da Igreja, sinal visível de Deus, que habita no meio do  seu Povo”.

Neste lugar, Deus continua a manifestar o Seu desejo de acolher a todos na sua morada santa, pois no Seu coração há lugar para cada pessoa que se decide a entrar à procura do repouso e da paz que só ali se encontra. Ouvir o convite para entrar é sinal de disponibilidade para escutar a voz amorosa do Senhor da Casa, e cruzar o limiar da porta é fruto da decisão de se abrir à fé, a única resposta adequada ao convite para o encontro”.

D. Virgílio Antunes explicou que “a nova situação daquele que entra na casa de Deus e acolhe a Deus na sua própria casa” marca de tal modo que não permanece “exatamente como era antes”, o que não significa que se passe “a ser perfeitos de um momento para o outro, mas esse convívio é como uma nova luz que se acende a alumiar todas as penumbras do ser” e apresentou como exemplo Zaqueu que pôs “em causa o seu modo de ser, o seu código de valores e as suas ações”.

“O convívio com Deus, na Sua casa, e a amizade com Deus na nossa casa é sempre transformador, gera sempre uma realidade nova, que não valorizávamos, porque não a conhecíamos. A Igreja, povo de Deus, foi instituída por Jesus Cristo para ser sinal da salvação de Deus e para ser a casa em que este diálogo, esta relação, esta amizade e este encontro se dão”, acrescentou o bispo de Coimbra.

CB/OC

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