D. Virgílio Antunes presidiu à «Bênção das Pastas» na Sé da cidade e aludiu à «luta feroz» no mercado de trabalho
Coimbra, 26 mai 2013 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, disse hoje aos finalistas da Universidade local para apostarem na “diferença”, rejeitando o que agora criticam.
Na celebração de bênção das pastas dos universitários, na Sé local, mais de 2000 alunos das várias faculdades foram desafiados a rejeitarem a resignação, apesar das “dificuldades” em que terminam os cursos.
“Enquanto futuros obreiros e construtores da sociedade portuguesa, não vos resigneis a prolongar aquilo que agora criticais e que, objetivamente, não serve o bem e a felicidade de todos”, disse o bispo diocesano.
D. Virgílio Antunes reconheceu que os cursos dos universitários chegam ao fim em circunstâncias “portadoras de acrescidas dificuldades” e que os finalistas são “enviados para um mundo marcado por uma luta feroz pela conquista do trabalho”.
“Apostais na diferença no que diz respeito à prática da justiça, à honestidade, ao serviço na atividade política; apostai no amor a todos indiscriminadamente, mas, sobretudo, aos mais pobres e mais débeis”, disse o prelado.
D. Vírgílio Antunes desafiou os finalistas da Universidade de Coimbra a juntarem “sabedoria de vida” à formação específica” recebida nas faculdades, porque é tão importante o exercício “competente” de uma profissão como ter presente a finalidade de todas elas, “o bem integral da pessoa”
Na homilia da missa de bênção das pastas, o bispo de Coimbra salientou que a universidade significa “maior universalidade” e que “é na universalidade de experiências de vida, de saberes e de contributos que a humanidade se constrói”.
A bênção das pastas aconteceu na Sé Nova de Coimbra em duas celebrações: hoje foram os finalistas das Faculdades da Universidade de Coimbra e este sábado os dos Politécnicos e Universidades Privadas.
Nesta última celebração, D. Virgílio Antunes deixou uma palavra de esperança após “etapa vencida com muito trabalho, algumas apreensões e porventura desilusões”.
“Somos para os outros, o nosso conhecimento é útil se eleva e promove o nosso próximo, a nossa inteligência e a nossa razão são verdadeiramente humanas quando servem a verdade e a justiça”, declarou.
PR/OC