Procissões e Casamentos da Rainha Santa integram programa que sublinha 400.º aniversário da canonização e 700 anos da peregrinação a Santiago de Compostela

Coimbra, 03 jul 2025 (Ecclesia) – As festas de Santa Isabel vão sair às ruas de Coimbra, excecionalmente, para assinalar o 400.º aniversário da canonização e 700 anos da peregrinação da rainha portuguesa a Santiago de Compostela.
“Vamos ter uma celebração especial, apesar de ser um ano ímpar, porque estamos a evocar os 400 anos da canonização da Rainha Santa”, explica à Agência ECCLESIA Joaquim Costa e Nora, presidente da Confraria da Rainha Santa Isabel.
Em 2025, a procissão da penitência vai decorrer a 10 de julho e a procissão solene será no dia 13 de julho, no regresso da imagem ao Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.
Isabel de Portugal (1271-1336) foi canonizada a 25 de maio de 1625, no pontificado de Urbano VIII; a Rainha Santa – cuja figura está associada a lenda da transformação do pão em rosas – foi mulher de D. Dinis, rei de Portugal, e depois da morte do marido distribuiu os seus bens pelos pobres, tomando o hábito da Ordem Terceira de S. Francisco.
Joaquim Costa e Nora destaca o exemplo da Rainha Santa nos gestos de “amor pelos mais desfavorecidos” e pela manutenção da paz, considerando que se trata de um património espiritual “inestimável”.
“Nos tempos que correm, a paz é mais do que necessária”, acrescenta.
Entre os dias 17 de junho e 2 de julho, milhares de pessoas puderam venerar a mão da Rainha Santa, em exposição no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.
O entrevistado sublinha a preocupação, no ano jubilar que se vive em toda a Igreja, de viver estes momentos como “peregrinos de esperança” e ir “ao encontro dos mais frágeis”.
Outra das celebrações que integra o programa são os “Casamentos da Rainha Santa”, que este ano acontecem a 6 de julho, nos Claustros do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.
“A Rainha Santa foi exemplar na sua vida familiar e é esse o exemplo que queremos apresentar”, explica Joaquim Costa e Nora.
O presidente da Confraria recorda que a instituição nasceu para ajudar as religiosas em Santa Clara-a-Nova, assumindo um papel mais relevante após o decreto de expulsão das ordens religiosas, por ficar responsável pela parte sul do mosteiro.
O papel histórico da instituição está também ligado à génese da Associação das Cozinhas Económicas Rainha Santa Isabel e da Casa de Formação Cristã, para a educação de adolescentes.
OC