Ideia partilhada por D. Carlos Azevedo, durante a «Festa das Famílias» do concelho da Tábua
Coimbra, 23 mai 2011 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social considera que a família pode assumir-se como “um esteio fundamental” num tempo marcado pela “instabilidade”, mas para isso é preciso dar-lhe maior atenção.
Presente este sábado, no concelho da Tábua, em Coimbra, para participar na segunda “Festa das Famílias” daquela região, D. Carlos Azevedo sublinhou a necessidade de se criarem espaços de “silêncio” na sociedade, que permitam reflectir sobre “os muitos problemas que afectam a família, não só a nível “económico” como também no plano dos “afectos”.
“Se não, podem embalar na corrente que as arrasta e a certo ponto, irem para onde não querem” sustentou o prelado, em declarações prestadas à ECCLESIA.
Destaque nesta iniciativa para a realização do Fórum “Família, Criança e Comunidade”, organizado pela Câmara Municipal de Tábua, a Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens e a Unidade Pastoral de Tábua.
Para o presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens, “a sociedade precisa da família para o seu progresso”, já que se trata de um pólo primordial de transmissão de “regras, limites e valores”.
“A criança tem direito à sua família, tem direito à comunidade e é fundamental a qualidade da infância, sem a qual nunca haverá qualidade humana, nem qualidade de desenvolvimento” sublinhou ainda o juiz Armando Leandro.
Vítima de uma quebra significativa a nível populacional, o concelho da Tábua serve como exemplo nesta urgência de preservar o espaço familiar, ameaçado por múltiplas condicionantes.
“Os censos mais recentes indicam que diminuiu o número de habitantes, vamos vendo a diminuição das crianças, as escolas a fechar, é algo que se vê nitidamente” explica o padre João Fernando, um dos organizadores do Fórum.
Segundo o sacerdote, a unidade pastoral está neste momento a realizar “um trabalho com os jovens e sobretudo com os pais, no sentido de se envolverem mais no acompanhamento dos mais novos”.
JCP