Diretor do Instituto Universitário Justiça e Paz sublinha importância da presença da Igreja neste meio
Coimbra, 18 abr 2011 (Ecclesia) – O padre Nuno Santos, diretor do Instituto Universitário Justiça e Paz da diocese de Coimbra, afirmou este domingo que é fundamental “saber falar de Deus” tal como “é preciso saber falar de ciência”.
Este instituto, com cerca de 40 anos e situado junto do polo principal da Universidade de Coimbra, permanece como centro de convergência e projeção de múltiplas atividades da pastoral juvenil e do ensino superior da Diocese, bem como lugar de diversas atividades marcantes para o diálogo entre a fé e a cultura.
“Quando a linguagem é competente” e “dá espaço para o diálogo, a proposta não é muito difícil”, reconhece o padre Nuno Santos, em declarações ao programa da Igreja Católica na Antena 1.
Tanto no grupo dos estudantes universitários, como no grupo dos docentes, os “sinais interessantes aparecem” tal como a “disponibilidade para o diálogo”.
A Pastoral do Ensino Superior destina-se a “quatro horizontes”: o grupo dos estudantes integrados nos 3 ciclos de Bolonha; doutorados; investigadores e os funcionários.
Promover a formação e o desenvolvimento integral da pessoa humana e da sociedade, comprometida com a qualidade e os valores éticos e cristãos são pilares da Pastoral Universitária.
O padre Nuno Santos refere que as propostas são de vária ordem e abrangem vários setores: ações de voluntariado, caminhadas noturnas, descidas do rio Mondego, apoios aos estudantes e realização de exposições. “Atividades diversificadas e muito aliciantes”, realça.
Ao nível das linguagens para os vários universos etários, o responsável sublinha que “tanto as linguagens como as profundidades são diferentes”.
Com 15 animadores permanentes, o Instituto Universitário Justiça e Paz não consegue responder “a todas as solicitações”.
Em Portugal, a Pastoral do Ensino Superior está ligada umbilicalmente à Pastoral Juvenil. No entanto, “o maior desafio é fazê-la com os professores e investigadores, com a comunidade estável”, salienta.
Em Coimbra – cidade dos estudantes – a tradição ainda pesa: “há uma linha de contexto que facilita muito o trabalho”.
Com os olhos virados para o futuro, este setor da pastoral entrou também no mundo do ensino secundário.
“Fazemos desafios aos alunos do 12.º Ano – os que vivem mais próximo da cidade – para que ao chegarem à universidade possamos ter pontos de contacto”, revelou.
Para o coordenador da Pastoral Universitária em Coimbra, os valores aprendidos na fase universitária refletem-se, posteriormente, na vida profissional.
Alguns professores universitários “são catequistas”, acrescentou o padre Nuno Santos.
PRE/LFS