Coimbra: Diocese viveu festival ‘For God Shake’, onde se respirou «ar» da JMJ Lisboa 2023 e celebrou o jubileu da esperança

Jovens reuniram-se para experienciar terceira edição da iniciativa, que incluiu atuações musicais em quatro palcos 

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

Coimbra, 24 nov 2025 (Ecclesia) – Coimbra acolheu este domingo o ‘For God Shake Festival’, que juntou jovens da diocese numa edição especial dedicada ao Jubileu 2025 e onde se voltou a lembrar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023.

“O ar [da JMJ] respira-se, era impossível não se respirar. Temos é que saber respirar, saber viver com esse ar, e saber muitas vezes reagir, porque o que aconteceu naquele ano, em 2023, é impossível voltar a acontecer em 2024, 2025”, afirmou o coordenador-geral do Serviço Diocesano da Juventude de Coimbra, em declarações à Agência Ecclesia.

Segundo Hugo Monteiro, a primeira edição do festival e a atual acontecem em “momentos diferentes”, realçando a necessidade de saber “adequar e continuar” a energia que trouxe o encontro mundial de jovens, que decorreu entre 1 e 6 de agosto de 2023 em Lisboa.

O ‘For God Shake Festival’ nasceu integrado na caminhada da Diocese de Coimbra para a JMJ Lisboa 2023, teve uma segunda edição em 2024 e celebrou-se este ano no dia da 40ªJornada Mundial da Juventude a nível diocesano, na solenidade de Cristo Rei.

O bispo de Coimbra destaca que ainda se vive um “forte impulso” deixado pela JMJ: “Às vezes pensamos que não ficou nada, ficou efetivamente muita coisa da Jornada Mundial da Juventude, porque ficou entusiasmo, ficou alegria, ficou gosto pela música, pelo encontro e, portanto, as atividades têm vindo a suceder-se”.

D. Virgílio Antunes indica que a diocese criou o Serviço Diocesano da Juventude, “que está a desenvolver os serviços locais” para “haver uma rede de acompanhamento dos jovens, de incentivo”, de “evangelização”.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS Daniel Diogo, coordenador do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Coimbra

Entre os participantes do ‘For God Shake Festival’ esteve Daniel Diogo, coordenador do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Coimbra, que considera que a JMJ tem “dado frutos”, apontando para a presença de muitos jovens na iniciativa.

Promovido pelo SDJ de Coimbra, o festival teve como objetivo continuidade à “alegria” que a juventude sentiu aquando da jornada e os Dias nas Dioceses que, de acordo com o bispo diocesano, provocaram uma “marca absolutamente indelével”.

“A presença dos símbolos da jornada e o encontro das famílias, depois o encontro final, deixou uma marca no coração das pessoas que continuará a dar frutos por muitos anos, se Deus quiser”, expressou D. Virgílio Antunes.

A terceira edição do ‘For God Shake Festival’ combinou a fé e a música através de atuações musicais e testemunhos em quatro palcos, no Colégio Rainha Santa Isabel.

O bispo de Coimbra salienta a música como um meio “absolutamente extraordinário para congregar pessoas”, “despertar a espiritualidade”, “desenvolver” os sentidos da “contemplação”, “da oração”, “da fé” e “do encontro”.

D. Virgílio Antunes evidencia este recurso como “absolutamente poderoso” para “transmitir a mensagem do evangelho”.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS Hugo Monteiro, coordenador-geral do Serviço Diocesano da Juventude de Coimbra

Por sua vez, Hugo Monteiro considera que a música deve ser “muito bem aproveitada” para evangelizar, defendendo que é necessário incentivar os grupos musicais e dar-lhes palco para que possam “continuar a criar”.

O coro COD de Coimbra da JMJ é um dos exemplos: nasceu no âmbito da JMJ e desde aí tem vindo a crescer e a solidificar-se.

“Nós entendemos que acabou a jornada, mas que o coro não podia acabar. Achámos que tínhamos ainda uma missão na diocese e até no país”, testemunhou a responsável pelo grupo musical, que atuou no Palco Diocese do ‘For God Shake Festival’.

Raquel Monteiro dá conta que, atualmente, o Coro COD de Coimbra realiza concertos solidários dentro e fora da diocese, em prol das instituições.

“Este ano prevemos ir a Oliveira do Hospital, Ferreira do Zêzere, e tentamos ir sempre onde somos chamados. Mas sempre com a perspetiva de levar a música a toda a diocese e não centralizar também tudo em Coimbra”, disse.

O ‘For God Shake Festival’ contou também com a participação do Secretariado Diocesano da Pastoral Universitária, do qual faz parte Matilde Rosa que, apesar de sentir que os jovens estão mais afastados de Deus, relata que na universidade existem “imensos grupos” que propiciam a criação de uma ligação com a fé.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS Matilde Rosa (esq) e Filipa Moço (dir)

“Há imensas missas dirigidas para nós, jovens, e acho que é dessa forma que se torna muito possível continuar a manter este caminho com Deus ao longo da universidade e enquanto jovens”, explica.

Também Filipa Moço, do Serviço Pastoral do Ensino Superior de Coimbra, marcou presença na iniciativa e apontou a “esperança” e o sentimento de ter “um futuro estável” onde os jovens “possam prosperar” como aquilo que esta geração mais procura nos dias de hoje.

“Acho que, por vezes, torna-se difícil, nas circunstâncias atuais, ter essa esperança. Daí também a importância, um bocadinho, deste tema do jubileu”, salientou.

LFS/LJ/OC

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