Coimbra: Comissão Justiça e Paz destaca papel da educação no combate à pobreza

Organismo católico promoveu colóquio sobre políticas sociais

Coimbra, 18 jan 2023 (Ecclesia) – A Comissão Justiça e Paz da Diocese de Coimbra considera que combate à pobreza “não se pode limitar à mera distribuição de recursos” e que a educação é “instrumento essencial para quebrar o círculo” desta fragilidade social.

No documento conclusivo do colóquio “A Pobreza em Portugal-Reflexões no primeiro quartil do Século XXI”, este organismo católico refere que as “políticas públicas de combate à pobreza devem, para serem eficazes e consistentes, ter o individuo – cada individuo – como preocupação central” e “devem ser “orientadas para o crescimento socioeconómico, mas tendo presente a dignidade integral da pessoa humana”.

A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra, em parceria com a ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores e a Coimbra Business School/ ISCAC, realizou o colóquio “A Pobreza em Portugal-Reflexões no primeiro quartil do Século XXI”, no dia 13 de janeiro, tendo como oradores Carlos Farinha Rodrigues e monsenhor Jardim Moreira Gonçalves,

“Mais do que investir em mais recursos a nível do poder central (e em subsídios sem retorno) importa criar/operacionalizar fóruns locais de combate à pobreza (comissões de freguesia e redes sociais a nível concelhio) com o apoio e participação das instituições particulares de solidariedade social e todos os sectores da economia”, refere o documento enviado hoje à Agência ECCLESIA.

Das conclusões sobressai também que “todas as crianças e jovens devem ter igualdade de oportunidades de alcançar o nível de educação que as suas capacidades permitem”. “Os jovens pobres devem ter assegurados os mesmos direitos de acesso ao ensino que os mais favorecidos e o Governo deve garantir-lhes um especial acompanhamento nas atividades escolares, nomeadamente na satisfação das necessidades básicas de alimentação e educação”, continua.

Para a Comissão Justiça e Paz de Coimbra o modelo de atribuição do Rendimento Social de Inserção (RSI) deve ser “repensado” porque sendo um “instrumento importante de combate à pobreza” o mesmo deve ter um “nível quantitativo que tenha em atenção as alterações impostas pela sua insuficiência bem como pelo aumento do custo de vida”.

“A concessão do Rendimento Social de Inserção deve ser conjugada com políticas de inserção no mercado do trabalho”, sublinha o documento.

LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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