Coimbra: Cáritas em campanha solidária

Presidente da organização sublinha que ainda existem muitas pessoas a precisar de ajuda na região

Coimbra, 19 mar 2014 (Ecclesia) – A Cáritas diocesana de Coimbra vai reeditar a campanha ‘Somos pessoas de carne e osso’, lançada em 2013 para “alertar e provocar” as pessoas para a necessidade de ajudar os mais desfavorecidos.

O presidente da organização sociocaritativa católica, padre Luís Costa, explica que a recuperação desta iniciativa prende-se com o facto de ainda existirem muitas pessoas a precisar de ajuda na região.

Entre os casos enumerados pelo sacerdote, estão situações de pessoas em vias de ficar sem teto para morar, porque não têm como “pagar a renda” e “estão em incumprimento”, outras que “precisam de pagar medicação” ou de um “mínimo para a sua alimentação”.

Sob o lema “Ainda há pessoas de carne e osso”, a campanha vai decorrer em estreita ligação com a Semana Nacional Cáritas, que está neste momento a decorrer, e o peditório público que vai ser lançado esta quinta-feira.

Até domingo centenas de voluntários vão estar em ação, em diversas cidades e estabelecimentos comerciais do país, para recolherem donativos que depois serão canalizados para a concretização dos mais variados projetos de solidariedade, ao nível das dioceses.

No que diz respeito à campanha da Cáritas de Coimbra, ela possibilitou que no último ano fossem ajudadas mais de duas mil pessoas.

[[a,d,4502,Emissão 17-03-2014]]O padre Luís Costa chama a atenção para o problema do desemprego, numa região muito dependente da área dos serviços, que entrou em queda com a crise.

Essa “quebra”, que se refletiu ao “nível da Saúde e de outras áreas de apoio”, tem tido consequências “gravosas para a população em geral”.

Com os apoios que forem recolhidos durante a campanha deste ano, o presidente da Cáritas diocesana de Coimbra espera alavancar projetos que contribuam para a “autonomia” e “estabilidade” das populações mais carenciadas.

Dar “apoio pontual”, para “pagar água, luz, contribuir para a alimentação ou outro bem essencial é fundamental porque as pessoas não podem passar sem eles”, mas “não autonomiza” quem está em situação difícil, são precisas “soluções” mais permanentes, aponta o padre Luís Costa.

Atualmente, a Cáritas daquela cidade universitária conta com cerca de 950 colaboradores – o acompanhamento constante a todos os organismos e recursos humanos inseridos na organização tem sido uma constante, agora reforçada com o projeto “Mais próximo”, de âmbito nacional, orientado para a formação dos agentes sociocaritativos.

“Enquanto em outras dioceses esse projeto tem tido maior expressão”, em Coimbra ele veio apenas dar “continuidade” a um trabalho que já estava a ser efetuado, destaca o presidente.

Ainda no último ano, os cerca de 50 grupos sociocaritativos existentes em Coimbra, ligados à Cáritas, tiveram acesso a “sessões mensais” de formação.

SN/JCP

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