Coimbra: Cáritas Diocesana participa em projeto robótico dedicado a idosos

Organização católica coordena trabalhos relacionados com ética e deontologia

Coimbra, 28 abr 2015 (Ecclesia) – A Cáritas de Coimbra aposta nas novas tecnologias para que os idosos “melhorem a qualidade de vida e fomentem o envelhecimento ativo” e participa no projeto ‘GrowMeUp’, que pretende “aperfeiçoar e testar” um robô para apoio destas populações.

“O GrowMeUp é uma tecnologia que permite interagir com as pessoas idosas de uma forma mais humana, lidando com as suas necessidades e hábitos, adaptando dinamicamente as suas funcionalidades e aumentando assim a qualidade do serviço prestado ao longo do tempo”, explica a instituição católica.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Cáritas Diocesana de Coimbra informa que coordena os trabalhos “relacionados com a ética e a deontologia” sinalizando assuntos relacionadas com a introdução da robótica no quotidiano, com a segurança dos dados e privacidade.

A organização caritativa acrescenta que participa também na experimentação desta tecnologia com a população sénior e a avaliação do sistema GrowMeUp vai ser realizada em “projetos-piloto” na Cáritas de Coimbra e na Orbis (Holanda), com a participação de cerca de 60 pessoas, ao longo de seis meses.

O robô, chamado de GrowMu, vai estar equipado com um sistema de diálogo inteligente, detetará as emoções demonstradas ao longo do diálogo e vai ser capaz de manter interações e de “construir laços” com as pessoas, revela.

“A expectativa é que este sistema traga benefícios práticos e contribua para o bem-estar psicológico e social, ajudando as pessoas de idade a manterem-se ativas nas suas casas, prolongando dessa forma a sua independência e qualidade de vida”, desenvolve a Cáritas Diocesana.

Segundo a instituição o objetivo do projeto não é “substituir a interação humana” mas complementar horários e serviços em que os cuidadores não estejam disponíveis “minimizando os momentos de solidão e de menos apoio”.

Em Coimbra, os testes vão ser feitos na valência de Serviço de Apoio Domiciliário, envolvendo também “cuidadores formais e informais” do Centro Rainha Santa Isabel, do Centro Social e Comunitário Nossa Senhora dos Milagres e do Centro Social São Pedro.

O comunicado contextualiza também que estima-se que a população da União Europeia aumente de 502 milhões, valor registado em 2010, para 517 milhões no ano 2060, quando 30% dos europeus terá pelo menos 65 anos.

Este projeto é cofinanciado pela União Europeia, no âmbito do programa de financiamento Horizonte 2020 e estão envolvidos oito parceiros de seis países diferentes, liderados pela Universidade de Coimbra; participam também a Universidade de Genebra, a Atrium-Orbis, a Universidade do Chipre, a PAL Robotics, a ProBayes e a Citard IT Services.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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