Coimbra: Bispo pediu que «caridade pastoral» seja «o mote fundamental» na programação e na ação

«Peço a todos muita clarividência, muito discernimento, muito cuidado e, ao mesmo tempo, muita ousadia» – D. Virgílio Antunes

Foto Diocese de Coimbra

Coimbra, 05 out 2020 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou que a abertura solene do ano pastoral 2020-2021 era “um dia feliz” pelo “reatar de laços, reiniciar de atividades” e pediu a todos “muita clarividência, muito discernimento, muito cuidado e muita ousadia”.

“Esta fase de recomeço é um bocadinho constrangedora para todos, pensamos na liturgia, na catequese, na evangelização, na ação com os pobres, na solidão de tantas pessoas, quer nos lares, quer nas suas casas. Há um mundo muito vasto de ações que temos de empreender porque não pode adiar-se aquilo que faz parte integrante da nossa vida, da sociedade e do mundo, e da nossa vida em Igreja”, disse D. Virgílio Antunes, este domingo, na Eucaristia que presidiu na Sé Nova.

No final da Missa transmitida online, o bispo de Coimbra afirmou que a vida do mundo e a vida da Igreja “têm de continuar” e espera-se que “os próximos tempos sejam melhores, sabendo que o problema continua”, por isso, mesmos nas “circunstâncias especiais” que se está a viver por cauda da pandemia Covid-19 “é preciso muita fé, muita coragem, muita esperança e, ao mesmo tempo, muito cuidado”.

“Peço a todos muita clarividência, muito discernimento, muito cuidado e, ao mesmo tempo, muita ousadia”, acrescentou D. Virgílio Antunes, que desejou que o ano pastoral 2020/2021 “seja muito feliz”.

O bispo de Coimbra lembrou que vão fazer uma “avaliação do triénio” e pedir, “sobretudo, aos jovens”, que neste dinamismo sinodal “apontem caminhos de renovação da pastoral dos jovens” na diocese para ser o “ponto de esforço nos próximos anos” no contexto da publicação da exortação do Papa Francisco ‘Cristo Vive’ e da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, em 2023.

“Que sejamos capazes de fazer uma pastoral da fé dos jovens e das vocações adequada aos nossos tempos e às necessidades da nossa Igreja diocesana de Coimbra”, acrescentou.

Foto Diocese de Coimbra

Na sua homilia, D. Virgílio Antunes convidou os diocesanos a “amar a Igreja de Cristo”, não por “um amor em geral ou abstrato, mas que seja minucioso, concreto e real” no modo como tratam cada pessoa, cada instituição, cada comunidade, cada grupo ou cada atividade.

“Comecemos por uma atitude construtiva, mesmo que algumas vezes seja crítica; continuemos pela via da comunhão de sentimentos e pela unidade da ação; selemos tudo com a disponibilidade para a servir, mesmo com o sacrifício das nossas ideias, dos nossos planos e da organização das nossas prioridades e tempos”, acrescentou.

O bispo de Coimbra pediu aos “pastores como os outros fiéis” que na programação como na ação façam “da caridade pastoral o mote fundamental”, para que tudo concorra para fazer crescer “o amor a toda a humanidade e o amor à Igreja, vinha pela qual Jesus Cristo, o Bom Pastor, deu a Sua vida”.

“A Igreja não realiza a sua condição de sinal ou sacramento da salvação se não manifesta quotidianamente o amor de Deus por toda a humanidade, enquanto Sua vinha eleita escolhida e cuidada. Deste modo, toda a ação da Igreja, sacramental, litúrgica, pastoral, evangelizadora, caritativa, têm como única motivação levar a humanidade a acolher o amor de Deus e a sentir-se um povo de filhos”, explicou.

D. Virgílio Antunes presidiu à Eucaristia de abertura do ano pastoral 2020/2021, com admissão de candidatos ao Diaconado e instituição de Leitor, este domingo, na Sé Nova de Coimbra; No sábado a diocese realizou a sua Jornada de Pastoral com o tema ‘Formamos um só corpo em Cristo’, para os membros dos Conselhos Pastorais e Equipas de Animação pastoral, através dos meios digitais.

CB

 

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Agência ECCLESIA

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