D. Virgílio do Nascimento Antunes presidiu à ordenação de dois sacerdotes
Coimbra, 30 jun 2014 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra presidiu este domingo à ordenação de dois sacerdotes diocesanos e pediu que os padres tenham um “imenso sentido de Igreja” e estejam próximos das pessoas.
“No contexto em que vivemos, marcado pela diversidade de opções, de perspetivas de vida e de experiências culturais, sociais, religiosas e humanas, o padre precisa de ser alguém profundamente enraizado em Cristo e no seu Evangelho, de estar doutrinalmente preparado, de viver uma espiritualidade profunda e de ter um imenso sentido de Igreja”, declarou D. Virgílio Antunes, na homilia da celebração, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Numa Missa celebrada na Sé Nova de Coimbra, o bispo diocesano sublinhou que nenhum padre pode exercer bem a sua missão se não conhecer “as questões humanas mais marcantes” da atualidade, “as situações com que as pessoas se debatem tanto a nível social, como económico, político, moral, familiar ou outro”.
“Desencarnado da realidade, fechado no seu pequeno mundo, encerrado nas igrejas, reduzindo a sua ação à celebração do culto ou à dimensão sacramental, [o padre] não pode sentir-se um perfeito discípulo de Jesus Cristo, pois ser discípulo inclui sempre a dimensão missionária e evangelizadora”, precisou.
D. Virgílio Antunes deixou uma palavra particular aos dois novos padres, André Sequeira e Manuel Patto.
“Caros irmãos, André e Manuel, procurai ser sacerdotes, discípulos missionários que, levando Cristo no coração e na vida, partilham alegremente com o Povo de Deus a graça que receberam”, pediu.
Segundo o bispo de Coimbra, hoje “facilmente se confunde vocação com intimismo”, pelo que é necessário “conhecer o amor do Senhor, ouvir a sua voz, acolher o seu chamamento e pôr-se a caminho”.
“Damos-lhe graças por tomar a iniciativa e agradecemos-lhe por suscitar no coração e na vontade destes dois jovens o desejo de o seguir pelo caminho do sacerdócio”, prosseguiu.
Em conclusão, D. Virgílio Antunes afirmou que o padre tem de ser um “discípulo missionário”, em toda a sua missão, “na liturgia ou na catequese, nas tarefas administrativas ou na condução espiritual do povo, na pastoral especializada ou na piedade popular, no acompanhamento individual, nos pequenos grupos ou na pastoral das massas”.
OC