D. Virgílio Antunes presidiu à abertura do Ano Pastoral 2015-2016
Coimbra, 05 out 2015 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra presidiu este domingo à Eucaristia de abertura do Ano Pastoral 2015-2016, na qual desafiou os católicos a ser “discípulos corresponsáveis” que apresentam a sua fé de forma concreta.
“Nunca a evangelização se fez só com palavras, porque elas passam. Sempre se fez com gestos e testemunho, pois esses arrastam, e o mundo precisa mais de testemunhas do que de mestres”, explicou D. Virgílio Antunes, na Sé Nova de Coimbra.
Na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado destacou que a missão de cristãos consiste, em primeiro lugar, em deixarem-se “encontrar pelo Senhor” e, depois, trabalhar para que “os homens aceitem ser como crianças e desejem entrar no Reino de Deus”, pelo encontro pessoal com Cristo.
“Toda a revelação cristã passa pelas palavras e pelos gestos de Jesus, que se dirigem à nossa inteligência quando nos fala com palavras de vida eterna e ao nosso coração quando nos trata com gestos de misericórdia, a ponto de dar a sua vida por nós”, desenvolveu.
Para o bispo de Coimbra, a presença e afluência de fiéis à celebração deste domingo revelou uma “consciência viva de pertença à Igreja” e disponibilidade para “continuar a trabalhar na construção de comunidades cristãs evangelizadoras”.
D. Virgílio Antunes recordou que o primeiro objetivo do Plano Pastoral da diocese parte da “certeza proclamada pelo Evangelho”, que revela que Jesus quer “encontrar-se com todos” e, que, por isso, “convida a todos a ser como as crianças”.
“Ninguém, por mais insignificante que pareça ser, está excluído desse desejo e a ninguém temos o direito de criar entraves para o encontrar”, observou o bispo de Coimbra.
Depois, relembrou que o Papa Francisco alertou para a necessidade de uma catequese que adote “um estilo capaz de provocar este encontro vital”, na visita ‘ad Limina’ dos bispos portugueses ao Vaticano.
Para D. Virgílio Antunes, a conclusão do Evangelho de São Marcos oferece também a “chave de compreensão” do tema central deste domingo: “A vocação do homem e da mulher a serem uma só carne e a constituir a família por meio do amor, na fidelidade para sempre”.
Neste contexto, explicou que o Sínodo dos Bispos, ao refletir sobre a vocação matrimonial, “a Igreja quer repropor de novo, a todos, esse caminho”.
Na celebração foram instituídos no ministério de leitores 18 candidatos ao diaconado permanent.
Antes da Eucaristia, o professor Juan Ambrósio, da Universidade Católica Portuguesa, apresentou a carta pastoral – ‘Comunidade de discípulos corresponsáveis’ – para o ano 2015-2016.
CB/OC