Peregrinação da Família Franciscana marcou Domingo Jubilar
Coimbra, 03 ago 2020 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra presidiu este domingo à Missa na igreja do Mosteiro de Santa Cruz, que acolheu a peregrinação da Família Franciscana, integrada no Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos.
D. Virgílio Antunes evocou estas “grandes figuras”, ligadas à cidade, que “tiveram e podem continuar a ter uma influência considerável” na forma de viver a fé cristã.
O responsável sublinhou, a esse respeito, o “exemplo de santidade” dos Mártires de Marrocos e de tantos cristãos que “deram a sua vida pelo anúncio da fé”.
A intervenção destacou que foi em Coimbra, inspirado pelos mártires, que Santo António tomou a decisão de “ir mais longe”, para falar do Evangelho a outros povos.
Estes testemunhos desafiam-nos, exigem-nos, talvez, muito mais do que aquilo que temos acolhido, sentido, vivido e testemunhado”.
Para o bispo de Coimbra, a “maior tragédia” da vida é “separar-se do amor de Cristo, pelo que a Igreja “só pode estar ao serviço do encontro da humanidade com o amor de Deus”.
Na tarde de domingo decorreram visitas guiadas à exposição ‘De Fernão se fez António’, na Antiga Livraria do Mosteiro de Santa Cruz.
A mostra “conta com um acervo de mais de 40 obras de arte, provenientes, na sua maioria, dos museus nacionais de Arte Antiga (Lisboa), Machado de Castro (Coimbra), Grão Vasco (Viseu), Soares dos Reis (Porto) e Frei Manuel do Cenáculo (Évora), bem como peças do Arquivo e Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, Seminário Maior de Coimbra, Igreja de Santo António dos Olivais e Igreja de Santa Cruz, além de outras paróquias e coleções particulares”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
Os mártires de Marrocos são os primeiros frades que São Francisco de Assis enviou em missão para esse país – os italianos Vital, Berardo, Pedro, Acúrsio, Adjuto e Otão – e que, em 1220, foram degolados.
Os restos mortais dos Santos Mártires de Marrocos foram enviados para Portugal pelo infante D. Pedro.
A morte dos frades franciscanos e a chegada das suas relíquias, à igreja de Santa Cruz de Coimbra, impressionou o sacerdote Fernando Martins de Bulhões que decidiu, nesse mesmo ano, fazer-se frade menor, assumindo o nome de António, pelo qual viria a tornar-se conhecido mundialmente.
A Diocese e a cidade de Coimbra estão a viver o ‘Jubileu dos Mártires de Marrocos e Santo António – Coimbra 1220-2020’ até 17 de janeiro de 2021.
OC
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