Coimbra: Bispo diocesano aponta «muitos sinais de esperança», na abertura do ano pastoral

D. Virgílio Antunes espera que Jubileu 2025 deixe marcas na Igreja

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

Coimbra, 23 set 2024 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou que há “muitos sinais de esperança” na diocese, falando na abertura do ano pastoral 2024/2025, que decorreu este domingo.

“Tivemos há pouco tempo, esta semana, uma reunião dos secretariados diocesanos, alguns deles que são novos, outros renovados nos seus membros, e a gente só vê entusiasmo das pessoas”, destaca D. Virgílio Antunes, em declarações à Agência ECCLESIA, mencionando que estes apresentaram “múltiplas” e “profundas” razões para fazerem parte das equipas.

O responsável católico diz ter “muitos” cristãos cheios de esperança na diocese.

“As pessoas estão ali. E, portanto, nas unidades pastorais, nas paróquias, nos serviços, nos movimentos, eu vejo”, salienta.

Apesar de não ser um universo alargado de pessoas, como no passado, D. Virgílio Antunes constata que vê na diocese “um número muito significativo de pessoas que estão não só na celebração do domingo”, mas também “na ação pastoral”, “na caridade”, “na evangelização”, “nos secretariados, serviços e movimentos”, “nas empresas” e “no trabalho”.

“Ali são sinal de esperança e vivem desta esperança que Jesus dá”, evidencia.

Também nas Pastorais Universitárias, da Cultura, do Ensino Superior, o bispo de Coimbra identifica sinais de esperança.

Temos um mundo imenso de homens e mulheres que são colaboradores, que são professores, nas mais variadas faculdades, e que são homens e mulheres de fé e homens e mulheres de esperança. Naturalmente, não significa que façam uma propaganda daquilo que é a sua condição, e muito menos nas suas aulas ou naquilo que é o desenvolvimento da sua atividade profissional, com certeza, mas que são homens e mulheres de fé”.

A Diocese de Coimbra iniciou este domingo o novo ano pastoral com o tema ‘Peregrinos da Esperança – Jubileu 2025’.

“Nós achámos que não podíamos deixar passar, enquanto dioceses, esta oportunidade de alicerçar a esperança do povo de Deus em Jesus Cristo, a esperança que não engana, e que o dinamismo do jubileu, que era um instrumento absolutamente necessário e útil, e, portanto, estamos a entrar com muito interesse, com muita coragem e com muita força, neste dinamismo do jubileu”, salientou D. Virgílio Antunes.

O bispo diocesano sublinha que o tema da esperança “é uma realidade absolutamente necessária” no mundo atual.

“Nós estamos a viver, de facto, momentos muito duros, muito tristes, muito difíceis, na história da humanidade, na história das instituições e também na história da Igreja”, lamentou, acrescentando que Jesus é a fonte de força para dar continuidade a um “processo feliz de renovação da humanidade, de renovação da Igreja” e de cada um.

“Tivemos também a coincidência de estarmos a concluir um ciclo do nosso plano pastoral diocesano trienal. Estamos num ano de avaliação do período anterior e, ao mesmo tempo, de projeção do próximo plano pastoral, que queremos fazer com um ritmo, com um dinamismo de sinodalidade, como faz parte a integrante atualmente, dos nossos modos de realizar as ações da Igreja. E, portanto, ficou aqui muito bem conjugado do nosso ponto de vista este trabalho de revisão do passado, de projeção do futuro e alicerçarmo-nos na esperança”, indicou.

D. Virgílio Antunes espera que o Jubileu 2025, cujas celebrações decorrem entre 28 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2026, deixe marcas na Igreja.

Eu tenho dito algumas vezes aqui aos cristãos que se o nosso trabalho, a nossa evangelização, a nossa liturgia, a nossa catequese, a nossa ação pastoral em geral, não for um fator de crescimento da esperança nas pessoas, fica muito aquém daquilo que são os objetivos da existência da Igreja de Jesus Cristo, que foi deixada no mundo exatamente para ser lugar de esperança e de crescimento da fé, da esperança e do amor para todos aqueles que tiverem a possibilidade de acolher a mensagem, evidentemente”.

Foto: Agência ECCLESIA/LFS

A abertura do ano pastoral da diocese de Coimbra foi marcada por uma conferência, intitulada Sinais de Esperança”, proferida pelo padre Nuno Santos, reitor do Seminário Maior de Coimbra, no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

O sacerdote apresentou os sete sinais de esperança da Diocese de Coimbra: a entrega de todos os que fazem parte da diocese (secretariados, serviços, comissões, movimentos, catequese, escuteiros, paróquias); o método sinodal; a renovação da organização da diocese; o sínodo dos jovens; as inspirações que decorrem do Jubileu; os seminaristas e, por último, os cristãos que compõem comunidades.

Falando à Agência ECCLESIA, o padre Nuno Santos assegurou que a “esperança” vai marcar o programa pastoral 2024/2025, que mais do que uma palavra, “é uma relação”

“Tenho a certeza que daqui a um ano teremos uma experiência mais profunda de esperança na nossa diocese”, assinalou.

Quanto às atividades relacionadas com o jubileu, o conferencista referiu que ao longo deste ano a esperança vai realizar-se como peregrinação, algo já definido no programa pastoral.

Depois da conferência, seguiu-se a Eucaristia, na Sé Nova, a partir das 16h30.

LFS/LJ/OC

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Agência ECCLESIA

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