Coimbra, 04 jan 2017 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou que as famílias cristãs têm um “lugar irrenunciável” na construção da paz no mundo, porque vivem um amor que “não é simplesmente humano”.
“[As família cristãs] constituem um desígnio e uma missão face a uma sociedade marcadamente egoísta e obcecada pela busca da felicidade individual, que está na origem das desigualdades gritantes, do atropelo da dignidade humana, de todas as formas de violência sobre os mais débeis, as crianças, as mulheres, os pobres”, disse D. Virgílio Antunes no Dia Mundial da Paz, assinalado a 1 de janeiro.
Na Eucaristia que presidiu na Sé Nova de Coimbra, o prelado referiu que as famílias cristãs vão mostrar ao mundo que mesmo sendo “difícil é possível” construir outro tipo de sociedade.
“As famílias cristãs têm, de facto, um lugar irrenunciável na construção dos caminhos da paz”, destacou, na homilia publicada na rede social Facebook.
D. Virgílio Antunes alertou que quando na família “não se cresce livre” para respeitar a Deus como Pai e para amar os outros como irmãos, “semeiam-se gérmenes de indiferença, de violência e de morte”.
“Quando no seio familiar não se edifica a justiça e a caridade, criam-se as circunstâncias favoráveis às injustiças no mundo social, laboral, académico, económico, político ou mesmo religioso”, desenvolveu.
A paz “é o dom valioso de Deus e tarefa humana nunca acabada” que reinará definitivamente quando se acolher Cristo “no coração e na vida”, quando “existir um lugar único para os homens e mulheres nossos irmãos”.
No primeiro dia de 2017, Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, o bispo de Coimbra explicou que com essa evocação se compreende “melhor” que a verdadeira paz existe onde Jesus se encontra.
“É a Rainha da Paz porque é pura e santa, e onde há pureza e santidade há paz, pois quem é puro de coração e santo nada reserva para si, tudo oferece e tudo dá”, observou.
D. Virgílio Antunes sublinhou que é próprio de todos os membros da família viver em paz “partilhar a totalidade da vida, construir juntos a fraternidade” e a felicidade que todos desejam.
CB/OC