D. Virgílio Antunes presidiu à clausura do Jubileu dos Mártires de Marrocos e de Santo António
Coimbra, 18 jan 2021 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra alertou este domingo para as “facetas dramáticas” da pandemia de Covid-19, apelando à participação das comunidades católica na resposta solidária à crise.
“A situação de pandemia que nos assola encerra em si muitas facetas dramáticas, que causam sofrimento a todos e fazem abalar a muitos os alicerces da confiança, da esperança, das motivações para testemunhar a esperança e põem em risco a alegria que tem de fazer parte integrante de nós para sermos felizes sobre a terra que pisamos”, referiu D. Virgílio Antunes, na homilia da Missa a que presidiu na igreja de Santa Cruz.
A celebração marcou clausura do Jubileu dos Mártires de Marrocos e de Santo António, no 800.º aniversário da vocação franciscana do santo português.
O bispo de Coimbra alerta para o impacto da Covid-19 em áreas como “o trabalho, a economia, a proximidade, o convívio familiar, a doença e o contacto diário com tão elevado número de mortes entre os amigos e conhecidos”.
“Todo aquele que dá um passo, por pequeno que seja, para anunciar Cristo Salvador aos outros, para os acompanhar na sua morada de dor, para partilhar com eles a sua esperança, está a dar um passo gigante e que faz a diferença, está a realizar a sua missão de pessoa e de cristão, está a ajudar os outros a encontrarem o caminho para a casa de Deus, que é a casa da humanidade”, apontou.
O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa destacou que as “respostas completas e motivadoras” para a humanidade exige “respostas profundas, espirituais”.
“Pensamos nos sacerdotes, nos catequistas, nos pais, nos professores e outros educadores, em cada um dos que sentem o apelo a anunciar Jesus ao seu próximo, seja em ações de primeiro anúncio, seja em palavras ou no testemunho quotidiano de fé cristã”, acrescentou D. Virgílio Antunes.
A humanidade espera de nós a realização dessa missão por meio da evangelização, em gestos e palavras que calem fundo no coração de cada pessoa que deseja e espera esse momento, mesmo que ainda o não tenha assumido consciente e explicitamente”.
A celebração marcou o encerramento da porta do Jubileu dos Mártires de Marrocos e de Santo António, que ao longo do último ano foi “sinal visível” da “porta da casa de Deus, amigo da humanidade”.
“Movidos pelo testemunho fiel destes Mártires e Santos queremos ajudar a manter as portas da casa de Deus sempre abertas a todo aquele que desejar entrar por elas. Facilitaremos o caminho, falando ao coração, testemunhando com as obras, dando a vida, como fez Jesus, como fizeram os Mártires e como fez Santo António”, concluiu.
OC
Coimbra: Jubileu de Santo António reinventou-se em ano de pandemia