Bênção das Pastas decorreu na Sé Nova
Coimbra, 04 jun 2018 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra presidiu este domingo à Bênção das Pastas, na Sé Nova, e disse aos finalistas universitários que as pessoas “são sempre mais importantes” do que a profissão ou o trabalho.
“Quando isso não acontece, há sempre alguém pelo meio que sofre, posto de lado, desprezado, que não tem as condições necessárias para ser feliz, em todas as áreas”, explicou D. Virgílio Antunes, na Eucaristia a que presidiu, perante centenas de pessoas..
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo diocesano sugeriu aos estudantes universitários que, a par do “profissionalismo exemplar”, exista sempre “uma pessoa em relação com outra ou outras”.
“Na escuta e no diálogo, que não os trate nem como máquinas nem como objetos, mas como aquilo que são, iguais em dignidade, também em direitos e deveres”, observou.
D. Virgílio Antunes acrescentou que esta é uma “regra essencial” na vida de qualquer pessoa, de qualquer cristão, mas de modo especial daqueles que tiveram “oportunidades formativas maiores”, como “elemento central da construção de um mundo melhor, uma sociedade melhor, e de pessoas muito mais felizes”.
Segundo o prelado, “mais importante” do que os “conhecimentos adequados” é a “atenção suprema às pessoas”, seja em que dia for, com muito ou pouco trabalho, e mesmo nos dias de folga.
“A dimensão crente da vida, da fé”, foi outro elemento que D. Virgílio Antunes quis destacar na sua homilia e explicou que cada pessoa tem o seu caminho.
“Há pessoas que têm certezas de fé, outras têm mais dúvidas do que certezas, outras estão a fazer caminho, outras andam à procura, outras não se identificam plenamente com esta questão da fé cristã, não é simples”, desenvolveu.
Neste contexto, pediu que ao longo da vida todos possam ter a atitude de “nunca fechar a porta” das interrogações, das questões, dos problemas, das dúvidas “acerca da fé”.
“Nunca derrotados, nunca desiludidos e nunca sem esperança. Sem esperança e sem amor ninguém consegue viver de forma feliz”, afirmou na homilia da Missa da bênção das pastas.
No final da celebração, o bispo de Coimbra dirigiu-se aos familiares e amigos dos finalistas da Universidade de Coimbra e destacou que a família é um “sustento indispensável para a vida de qualquer pessoa”.
“Se a família é feliz, se vive na unidade, no amor, está garantido o percurso sereno, tranquilo, pacifico e feliz das novas gerações que nela nascem e crescem”, disse.
O prelado assinalou que o trabalho “nunca está concluído” e o futuro tem “alegria, apreensões, seguranças” mas que possa ser vivido com “muita esperança”.
CB/OC