Coesão é o tema central da CNJP para 2009-2011

Alfredo Bruto da Costa apresenta programa para a nova direcção e quer maior presença da Comissão na sociedade A coesão é o grande tema que vai orientar os próximos três anos da Comissão Nacional Justiça e Paz, que iniciou funções a 1 de Janeiro de 2009 com nova composição. Alfredo Bruto da Costa, Presidente da CNJP, indica ao programa Ecclesia que este tema tem “merecido destaque entre governos e organizações civis”, quer no panorama nacional como internacional. O presidente aponta que os aspectos parciais da coesão “têm merecido atenção dos governos e das pessoas, mas o que se tem feito, pensado e agido politicamente é muito virado para aspectos parciais”. Imigração, idosos, deficientes são dimensões “tratadas sectorialmente”. Nesse sentido, a CNJP aposta num olhar para estes problemas “à luz da coesão”. “Uma sociedade coesa requer o que? O que já é feito, o que precisa ser feito, a perspectiva conjunta de contributos positivos para a coesão da sociedade”, são algumas abordagens que Alfredo Bruto da Costa exemplifica, considerando que “três anos não é tempo demais” para um olhar focado neste tema. “Os aspectos parciais são muitos mas serão tratados nos seus aspectos positivos e negativos em função da coesão social”. A CNJP quer ter uma “presença na sociedade”, contando para isso com a colaboração dos meios de comunicação social. “Esta preocupação vai configurar a forma como as questões serão abordadas”, acrescenta Alfredo Bruto da Costa. A CNJP quer ainda apresentar novas formas de trabalhar. “Não iremos repetir o que outros já fizeram, mas acrescentar valor ao que fazemos”– reflexão e acção serão formas de actuação mas ainda “a reflectir depois de aprovado o programa e as acções a executar”. Num contexto de crise mundial e de causas fracturantes, a CNJP “não pode deixar de incorporar na sua reflexão e acção aspectos desta crise”. A coesão será o tema dominante “mas não esgota toda a acção”. A Comissão sempre apresentou um tema dominante para uma acção programada a longo prazo, “mantendo-se atenta a aspectos que se tornam urgentes na vida quotidiana, onde naturalmente, toma posição e pode organizar alguma iniciativa”, esclarece o presidente. Nesta margem de flexibilidade para iniciativas referentes a problemas ligados à crise, “tudo vai depender da oportunidade, do tema ou assunto que se trate e se, estiver no âmbito da CNJP”. Alfredo Bruto da Costa afirma que naturalmente “haverá assuntos que se incluem no nosso perfil e outros que se excluem”. No entanto, realça que a prática da Comissão é de “trabalhar em parceria com outros organismos, sejam ou não da Igreja”, desde que estejam sintonizados com “o essencial do que pretendemos fazer”. Esta atitude vem já de anteriores comissões e vai continuar a ser o modo de trabalho, acrescenta. As parcerias serão estabelecidas “com um leque mais vasto possível de organizações da sociedade civil que estejam dispostos e interessados em colaborar connosco”. Nova equipa A par de Alfredo Bruto da Costa, a composição da CNJP para o triénio 2009/2011 teve alterações. Maria do Rosário Carneiro continua como Vice-presidente juntamente com Maria Joana Tribolet de Abreu Rigato. Maria Eduarda Ribeiro é reconduzida como secretária. Como vogais o novo triénio vai contar com Acácio Ferreira Catarino, Fernando Manuel Roque de Oliveira, Jacinto Duarte Filipe, Joana Cordovil Cardoso, Joaquim Jorge Pimpão Franco, José Dias da Silva, Maria Luísa Santos da Cunha, Manuel Brandão Alves, Manuel Joaquim Pinho Moreira de Azevedo, Pedro Vaz Patto e P. Valentim Oliveira Gonçalves. O Pe. José Manuel Pereira de Almeida é reconduzido como Assistente Eclesiástico. O presidente Alfredo Bruto da Costa afirma serem pessoas com uma longa relação entre Igreja e Sociedade, “a charneira onde a CNJP se situa, enquanto órgão da Igreja ao serviço da sociedade e em diálogo permanente”. São pessoas que pertencem a diferentes sectores da sociedade: economistas, académicos, jovens e “pessoas ligadas ao trabalho directo”. Alfredo Bruto da Costa explica que optou por atribuir a vice-presidência da Comissão a uma jovem porque considera importante envolver jovens, com vista a auxiliar a Comissão para que “sejamos úteis aos problemas de outros jovens” e para que possamos desenvolver “iniciativas que atraiam os jovens”. O Pe. Valentim Gonçalves integra a Comissão assumindo o cargo de vogal. Alfredo Bruto da Costa explica que o sacerdote tem um trabalho “notável” no Prior Velho, em Lisboa. “Tem a vantagem de conjugar o trabalho directo e a reflexão sobre os assuntos e a sociedade. Foi outra presença que procurei intencionalmente”. O Presidente indica serem pessoas de perfis diversos, “todos necessários”, que vão colaborar e confluir para um trabalho conjunto, “uma conclusão evidente no modo como decorreu a primeira reunião da Comissão”, quer nos assuntos “de menor dimensão, mas também na definição dos grandes temas e perspectivas em que o trabalho da comissão se deve desenvolver”.

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