Quatro em cada dez responsáveis dos jornais portugueses consideram ter havido falta de isenção na cobertura da morte do Papa João Paulo II, refere um inquérito realizado pela Central de Informação e o jornal Meios e Publicidade, divulgado pela agência Lusa. A maioria dos inquiridos defendeu que os jornalistas foram isentos perante a notícia da morte do Papa, mas 40% por cento dos 99 profissionais da comunicação social com cargos de chefia – que constituem o painel – discordaram da forma como foi feita a cobertura jornalística do acontecimento. A imprensa escrita foi quem recolheu maior número de votos positivos relativamente à forma como foi acompanhada a morte de João Paulo II, sendo que mais de 80% dos inquiridos achou a cobertura “boa” e “muito boa”, enquanto 18% considerou-a “razoável” e apenas 1 por cento a classificou como “muito má”. Questionados sobre a eventualidade de alguma vez terem sido pressionados por entidades religiosas, 82% dos jornalistas respondeu “nunca”. A Sonda questionou um painel fixo de 99 jornalistas entre os dias 15 e 22 de Abril, sendo que os resultados (68 respostas) foram tratados posteriormente pela empresa Central de Informação.
