Pe. Lino Maia assinala confusão no discurso político entre «o que é do Estado e o que é das IPSS»
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade – CNIS reuniu com os partidos políticos com assento parlamentar, “da esquerda à direita” com o objectivo de “aprofundar propostas e orientações das IPSS”, inicialmente formuladas numa carta enviada a todos os partidos. O objectivo era que antes da preparação dos programas eleitorais as necessidades e propostas das IPSS fossem ouvidas.
As instituições sentem “abertura e reconhecimento grande” que possibilita uma colaboração, assinala o Pe. Lino Maia, Presidente da CNIS.
As inaugurações de valências sociais “próprias do enquadramento eleitoral” mostram algum “aproveitamento do poder político” refere o Presidente da CNIS à Agência ECCLESIA.
Até ao momento “não há concorrência de respostas, mas precisamos estar atentos”, sublinha, até porque persiste, no discurso político, uma “confusão entre o que é a rede pública e a rede solidária e as competências do Estado e das IPSS”.
O princípio da subsidiariedade “nem sempre é assumido”.
Na prática “o diálogo é o caminho para o respeito pelas instituições e reconhecimento de que o importante é o envolvimento da comunidade e das suas instituições”.
Sobre o aumento de financiamento ao trabalho das IPSS, o Pe. Lino Maia afirma haver uma falácia.
“As instituições não estão a ser mais apoiadas do que anteriormente, estão sim a assegurar mais serviços”. As creches e jardins de infância são as duas valências com mais trabalho.
O reforço de 12% de fundos estatais para o trabalho das IPPS correspondem “não a um melhor financiamento, mas ao facto de disponibilizarmos mais serviços”.
O apoio do Estado às actividade das IPSS “mantém-se” nos 43%, indica o Pe. Lino Maia.