CNE: Escuteiros regressam a casa «cheios de vontade de continuar a abraçar o futuro»

Próximo ACANAC vai celebrar 100 anos do nascimento dos escuteiros católicos em Portugal

Idanha-a-Nova, 05 ago 2017 (Ecclesia) – O acampamento nacional (ACANAC) do Corpo Nacional de Escutas tem hoje à noite a sua cerimónia conclusiva e o chefe nacional mostra a convicção de que crianças e jovens vão regressar “cheios de vontade de continuar a abraçar o futuro”.

“Todo imaginário que na pratica trabalhamos ajuda o jovem a ser fator de diferença, a ser algo de diferente na nossa sociedade, a ser capaz de ser diferente também de si próprio”, afirmou Ivo Faria, em declarações à Agência ECCLESIA.

O 23º acampamento nacional do CNE, que começou segunda-feira, reúne mais de 21 mil escuteiros sob o lema ‘Abraça o Futuro em defesa da casa comum’, inspirando-se na encíclica ‘Laudato Si’, do Papa Francisco

O chefe nacional explica que o tema não pretende focar-se “no exercício de previsão”, o que poderá ser o futuro para os jovens, mas “ajudá-los a perceber que o futuro são exatamente eles”.

“Interessa pensarem que jovens é que queremos para o futuro e não que futuro queremos para os jovens”, acrescentou, sobre o propósito de serem “agentes de mudança” e “transformação”.

Para o responsável é importante que todos tenham conseguido “perceber e interiorizar a necessidade” de irem para suas casas e não deixar que o acampamento acabe este domingo.

Ivo Faria refere que o escutismo ajuda os jovens a “crescer de forma divertida”, conhecendo coisas novas, criando novas amizades e, “essencialmente, aprendendo no processo”.

Uma semana intensa de dinâmicas, atividades e jogos, onde aprenderam e também se divertiram, foi a proposta aos escuteiros terrestres e marítimos: Lobitos (6-10 anos), Exploradores e Moços (10-14 anos), Pioneiros e Marinheiros (14-18 anos), Caminheiros e Companheiros (18-22 anos).

No primeiro dia de acampamento nacional, segunda-feira, os escuteiros receberam a visita do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que percorreu a pé as quatro secções em campo, jantou em campo numa patrulha e ficou para a cerimónia de abertura.

“Foi muito importante e gratificante contar com presença do presidente que não visitava o ACANAC há 40 anos. Privilegiando o contacto com jovens e crianças, eles também energizarem o presidente”, destacou o chefe nacional.

Vários bispos portugueses também marcaram presença no evento e para Ivo Faria é a “manifestação clara de compromisso” do movimento ao longo de todo o ano, desde a fundação em 1923.

Os bispos são “o primeiro assistente” do CNE em cada uma das regiões (dioceses) e para o entrevistado é “importante contagiá-los com a alegria” das crianças e jovens para que também “sintam gratidão e reconhecimento para com a Igreja” que caminha com eles e da qual fazem parte.

A imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima esteve pela primeira vez num ACANAC, permanecendo a semana toda na capela de campo, e este domingo regressa à Cova da Iria, tendo o Santuário oferecido uma imagem da Virgem que vai ficar em permanência no centro escutista.

O chefe nacional do Corpo Nacional de Escutas realçou que o ACANAC 2017 “marca um ciclo de renovação” na atividade pedagógica com os jovens porque a etapa seguinte é o acampamento nacional do centenário do movimento, dentro de cinco anos.

Neste contexto, Ivo Faria revela ainda que o Campo Nacional de Atividades Escutistas de Idanha-a-Nova tem condições “muito boas” para realizarem atividades com “bastantes participantes”, mas o CNE pensa em “desenvolver outros centros” em mais locais.

PR/CB

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Agência ECCLESIA

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