CNE: Escuteiros de Lisboa foram desafiados à «coragem, seriedade e delicadeza» no acampamento regional

Ferreira do Zêzere, Santarém, 11 ago 2014 (Ecclesia) – O XXIV Acampamento Regional de Lisboa, do Corpo Nacional de Escutas, realizou-se no Centro de Atividade de Escuteiros, em Ferreira do Zêzere, e desafiou os jovens e adolescente a seguirem o lema “Não tenhas medo” de João Paulo II.

“Não tenhas medo” foi o tema geral a todos os escuteiros que depois eram desafiados, em cada uma das quatro secções, a procurar, seguir, edificar e a triunfar.

“Foi uma frase, um desafio que o Papa São João Paulo II proferiu diversas vezes ao longo do seu pontificado e nós pegamos no tema para dizer ao jovem, à criança, ao adolescente que não tenha medo, que se desenvolva, que seja feliz, que assuma o seu papel na sociedade e enfrente os obstáculos com coragem, seriedade, delicadeza consoante o papel que depois tiver”, explicou Paulo Doutor, chefe do departamento da II secção da região de Lisboa, sobre “a proposta educativa não formal” que é o escutismo.

No Centro de Atividade de Escuteiros, em Ferreira do Zêzere, Santarém, estavam 104 agrupamentos e ao todo 4057 elementos, com idades entre os seis/sete anos e os 23 e ainda adultos.

No XXIV Acampamento Regional de Lisboa (ACAREG) também acamparam delegações de outros países – Angola, Espanha, Suíça – e secções de outras regiões de Portugal como Braga, Coimbra e Santarém.

“São organizados em pequenos bandos, patrulhas, equipas consoante a idade, de 8 elementos. No campo estão todas as estruturas necessárias para que o acampamento se possa realizar e algumas construídas pelos próprios miúdos”, desenvolveu Paulo Doutor.

Das atividades gerais destacam-se a zona náutica, a zona aventura, num dos maiores parques de arborismo da Europa e a arena central ou Praça Karol Wojtyla.

“É típico fazerem percursos a pé com atividades de descoberta e interação com as populações”, acrescentou o chefe do departamento da II secção da região de Lisboa.

D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, visitou o campo dos escuteiros, em Ferreira do Zêzere, no dia 3 de agosto, para presidir à Eucaristia de abertura oficial do ACAREG, e a 7 de agosto para visitar o campo, celebrar a Missa e participar na festa de encerramento.

“Tudo isto proporciona um ambiente de participação, de criatividade, de partilha que é muitíssimo educativo, vale mais que muitas palestras”, disse o patriarca de Lisboa que é escuteiro há 50 anos.

D. Manuel Clemente recorda que o fundador do escutismo, Baden-Powell, disse que o o padre jesuíta Jacques Sevin, “foi quem melhor entendeu e aplicou o seu método”, quando adaptou o escutismo à “formação católica e apostólica de jovens”.

“Isto é muito importante para que se entenda que o escutismo católico não é qualquer coisa que se acrescente ao escutismo mas na opinião de BP era a melhor aplicação do seu método”, salientou o patriarca de Lisboa.

Francisco Maia, mais conhecido por Chico Maia, tem 73 anos de idade e 61 de promessa de escuteiro e continua a ser viver este ideal pelo que recebeu do “movimento enquanto jovem”: “Como disse um chefe que tive, andamos a pagar com juros aquilo que o movimento fez por nós. Neste caso por mim e nunca consigo ter as contas saldadas”, conta.

Sobre esta educação não formal à qual só adere quem quer, Chico Maia destaca que ao viverem em patrulha, “para a aventura”, são apresentadas “uma série de normas” que fazem “os possíveis por cumprir”, algo que o “tocou” quando fez a promessa de escuteiro.

CB

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Agência ECCLESIA

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