Junta Regional do Corpo Nacional de Escutas (CNE) assinala 100 anos de presença na Diocese do Porto

Porto, 06 fev 2025 (Ecclesia) – José Rocha, de 85 anos, é o elemento mais velho da Região do Porto do Corpo Nacional de Escutas (CNE), que está a comemorar o centenário, e valoriza o papel do escutismo na construção da sociedade.
“A escola escutista é indiscutivelmente aquela que mais se preocupa com o bem da sociedade, tornar o mundo melhor, ajudar os jovens a serem mais responsáveis, mais educados, mais prestadores de serviço”, afirmou, em declarações à Agência ECCLESIA.
José Rocha começou o percurso nos escuteiros, quando tinha apenas cinco anos, herdando da família – pai e irmãos – a ligação ao movimento, fundado em 1907 por Baden Powell, em Inglaterra, e instituído em 1925 no Porto.
Ao longo destes anos, o entrevistado foi dirigente, chefe de núcleo, presidente do conselho de núcleo, formador de agrupamentos, chefe da mesa de conselho, caracterizando esta como “uma vida dedicada aos escuteiros”, da qual se orgulha muito.
“Fui sempre, realmente, muito feliz. Eu acho que ter sido escuteiro foi uma graça de Deus”, expressa.
José Rocha integra o Agrupamento 245 Vilarinho, inserido na Região do Porto do CNE, que celebra este ano 100 anos de presença na diocese, olhando “com muito orgulho” para este marco.
“A região do Porto esteve sempre à altura do caminho que trilhava e da dispensa de serviço que prestava ao movimento, não só aos agrupamentos da região, mas ao movimento em si. Acho que a região do Porto teve sempre à sua frente, à frente dos seus destinos”, assinalou.

Bento Sousa Lopes, chefe regional do Porto do CNE, considera que o escutismo “faz um contributo inexcedível” à diocese, “principalmente às crianças e jovens”, no crescimento e desenvolvimento para que sejam “mulheres e homens do amanhã”.
“A presença do escutismo [na diocese] tem sido, eu diria, impactante”, realça.
Ao longo do ano, a Região do Porto do CNE vai promover diversas atividades para assinalar o centenário, tendo começado esta quarta-feira com uma Missa de Ação de Graças, presidida pelo bispo D. Manuel Linda, e contado com a presença do cardeal D. Américo Aguiar, que foi assistente regional; no mesmo dia foi lançado um livro sobre o século de história de escutismo na região.
No ano em que se celebra o Jubileu de 2025, o chefe regional fala que os escuteiros vão ser “convidados a ser peregrinos da esperança”, uma dimensão que está sempre presente no movimento.
A diocese conta atualmente com nove mil escuteiros, 122 agrupamentos e sete núcleos e, segundo Bento Lopes, apesar de o número ter diminuído durante a pandemia da Covid-19, logo a seguir, “a adesão foi massiva”.
Para o chefe regional do Porto do CNE, ser escuteiro é “uma filosofia de vida, de valores”, de querer “todos os dias fazer o melhor” por quem está ao lado, pelo próximo.
“Nunca nos esquecermos que não estamos sozinhos, não somos claramente ilhas, mas sim estamos inseridos num meio que nos rodeia”, salienta, acrescentando que o objetivo e a preocupação, enquanto dirigente, é fazer a diferença na vida das crianças e jovens para que estes possam fazer “a diferença no futuro”.
Por sua vez, José Rocha assinala que “ser escuteiro é estar sempre disponível para o serviço, vivê-lo com alegria, não desperdiçar o tempo”, aproveitando também a vivência dos acampamentos.
LJ/PR