CNE: Bispo do Funchal assinala centenário do movimento, com elogios ao escutismo católico português

«Dos seus agrupamentos saíram tantos homens e mulheres que participam e contribuem para a vida nacional e europeia» – D. Nuno Brás

Foto: Duarte Gomes/ Jornal da Madeira

Funchal, Madeira, 03 mai 2023 (Ecclesia) – O bispo do Funchal desafiou o Corpo Nacional de Escutas (CNE) a acolher “com cada vez maior entusiasmo, a missão de ser ‘escutismo católico português’”, numa nota pastoral divulgada hoje, a respeito do centenário da associação.

“Hoje, no meio deste mundo confuso que é o nosso, o CNE não pode deixar de acolher com cada vez maior entusiasmo a missão de ser ‘escutismo católico português’. Para isso, confio em cada agrupamento, nos seus dirigentes e em todos os seus elementos”, escreve D. Nuno Brás.

No documento, enviado hoje à Agência ECCLESIA, o bispo do Funchal acrescenta que confia na “sua disponibilidade livre e no empenho da sua vontade” para, a partir da pequena comunidade que é cada bando, cada patrulha, cada equipa e cada tribo, “continuar a lançar as bases de um mundo novo, mais humano e mais cristão”, e confia também em cada assistente, “no seu empenho e disponibilidade para a todos ajudar nesta missão”.

Segundo D. Nuno Brás, o Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico “foi e é o grande movimento de jovens católicos”, os seus membros estiveram presentes “nas grandes celebrações da fé mas também (sobretudo) no quotidiano das paróquias e instituições”, ajudando tantos a serem “melhores cristãos, melhores pais e mães de família, melhores sacerdotes, melhores cidadãos”: “Homens novos ao serviço de Deus e do próximo”.

O Corpo Nacional de Escutas foi fundado em maio de 1923, assumindo-se como a maior associação de jovens do país, com cerca de 70 mil associados, distribuídos por cerca de 1030 Agrupamentos em 20 regiões, e vai promover a “Festa do Centenário”, no próximo dia 27, em Braga.

“Ao longo destes anos, sabemos que nem tudo foi perfeito (somos homens e mulheres limitados). Mas sabemos também que a história da Igreja em Portugal no século XX e no início deste século XXI não se poderá contar sem o nosso CNE”, observa o bispo do Funchal.

Na Nota Pastoral pelo centenário do CNE, D. Nuno Brás recorda que o então arcebispo de Braga pensou-o “no seio do grande movimento de fraternidade mundial”, iniciado por Baden Powell (BP), sobre três pilares – “escutismo, português e católico”, que “de modo nenhum se opõem, antes se completam mutuamente”, como ficou demonstrado nas visitas que BP realizou a Portugal.

Durante estes 100 anos, o CNE foi o grande movimento escutista de Portugal. Sempre em diálogo com outras associações existentes no nosso país (algumas mais antigas), imprimiu um rosto escutista a muitos jovens portugueses. Dos seus agrupamentos saíram tantos homens e mulheres que participam e contribuem para a vida nacional e europeia”.

D. Nuno Brás, como escuteiro que foi e que continua a ser, também agradece “o que o CNE ofereceu e oferece”, por isso, “é com o coração agradecido” que dá os parabéns e pede que continuem “sempre a ser, cada vez mais, escutismo católico português”, escreve na nota pastoral publicada online.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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