D. António Carrilho descreve prioridades dos três primeiros anos à frente da diocese
O bispo do Funchal, D. António Carrilho, presidiu esta Quarta-feira à missa que assinalou o Dia Diocesano do Clero e o terceiro aniversário da sua entrada na diocese.
“É na comunhão eclesial, verdadeira e profunda, que se encontra a força e a dinamização da acção pastoral”, afirmou o prelado numa homilia enquadrada pelo Ano Sacerdotal, a visita da Imagem Peregrina de Fátima à diocese e a viagem de Bento XVI a Portugal.
Na reflexão que proferiu sobre a “identidade do presbítero”, D. António Carrilho manifestou “apreço e reconhecimento” pelo trabalho apostólico realizado pelo clero e agradeceu o seu “testemunho muitas vezes silencioso e nada fácil”.
Para o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e da Família, o anúncio da mensagem cristã deve ser marcado pela “fidelidade, confiança, cooperação, comunhão e unidade eclesial”.
Avaliação dos três primeiros anos
Questionado pelos jornalistas sobre o balanço dos três anos à frente da diocese, o prelado respondeu que essa avaliação compete ao “povo de Deus”, em particular às “pessoas que estão cá dentro, que trabalham dentro da Igreja, os sacerdotes, leigos e religiosos comprometidos efectivamente na pastoral diocesana”.
A continuidade e novidade na acção pastoral, a participação de todos os fiéis na acção da Igreja e o princípio da autonomia e cooperação relativamente às instituições públicas e privadas foram alguns dos aspectos que, para D. António Carrilho, marcaram o seu percurso.
“Acima de tudo está o povo de Deus, a população da Madeira, é por esses que vamos dando o nosso melhor, a nossa vida, o bispo com os sacerdotes, religiosos e leigos, com todos os que se querem comprometer neste trabalho de conjunto e de comunhão, em diálogo”, disse ao Jornal da Madeira.
Padres reconhecem “dinamismo pastoral”
O Cón. Fiel de Sousa qualificou de “relevante” a acção de D. António Carrilho, acentuando a sua “generosidade” e a vontade de envolver “toda a gente em acção, mas sempre numa linha de comunhão, como é o objectivo deste Dia do Clero, em que queremos desejar-lhe as maiores felicidades e dizer-lhe que o apoiamos em todos os momentos”.
No entender do Pe. Marcos Pinto, deve ser dada uma “nota muito positiva” à aposta na juventude e ao ensino superior.
“É uma novidade dinamizada por D. António que está a funcionar muito bem. Há uma grande abertura aos jovens universitários, sem esquecer os leigos que trabalham nesta área”, não só em termos de “ajuda espiritual, mas também no apoio a situações necessárias, como locais de estudo, apoio nas viagens de programas de intercâmbio e outros”, explicou.
O Pe. Hélder Gonçalves, por seu lado, declarou que para o clero é um momento de “júbilo” viver “esta comunhão, partilha e convívio”, que são “sinal do dinamismo pastoral que temos tido, em especial neste dia em que festejamos a tomada de posse de D. António Carrilho”.
Com Jornal da Madeira