Presidente da Comissão que tutela vocações prevê mudanças na formação e acompanhamento de seminaristas
Lisboa, 30 jun 2012 (Ecclesia) – O Mosteiro dos Jerónimos recebe este domingo a ordenação sacerdotal de cinco diáconos e dois candidatos ao diaconado permanente, numa celebração presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa.
Segundo informação do Patriarcado vão ser ordenados padres três diáconos do Seminários dos Olivais: Duarte Andrade e Sousa, David Palatino e Duarte Morgado, também o diácono Salvatore Forte, do Seminário ‘Redemptoris Mater’ e o diácono Nuno de Sousa Branco, da Companhia de Jesus.
Na celebração, marcada para as 16 horas, D. José Policarpo ordena ainda diácono Fernando Neves dos Santos, da Comunidade Emanuel, e dois diáconos permanentes, Fernando Magalhães e Luís Ladeiro Pinto.
Viseu vive amanhã o seu dia diocesano e celebra a ordenação de Sérgio Pinho, numa eucaristia presidida por D. Ilídio Leandro, que dentro de três semanas, ordenada os primeiros 10 diáconos permanentes para o serviço local.
A diocese de Lamego junta-se este domingo para uma ordenação presbiteral, assim como a de Vila Real que vai ordenar sacerdote o diácono Márcio Martins e o candidato ao diaconado João Paulo Pinto.
Ainda durante o mês de julho, no dia 8, a diocese do Porto terá ordenações sacerdotais, Braga no dia 15 e Viana do Castelo irá ordenar um diácono no dia 22.
Numa entrevista recente ao programa ECCLESIA, D. Virgílio Antunes, presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios disse que o diaconado permanente “é uma forma útil de a Igreja manter viva a sua missão”, sublinhando que este “não se pode confundir com a missão sacerdotal”.
Numa altura em que algumas dioceses ordenam mais diáconos permanentes do que sacerdotes, o responsável focou a “complementaridade” entre diáconos e sacerdotes “para a diversidade de ministérios e serviços”.
O presidente da Comissão que tutela as vocações e os ministérios afirmou que o modelo dos Seminários menores para o “despertar vocacional” de jovens não é o mais adequado.
“Pessoalmente, hoje, não sou grande defensor dos seminários menores”, referiu o antigo aluno, formador e reitor do Seminário Diocesano de Leria-Fátima.
Como alternativa, D. Virgílio considera ser “mais adequado” o trabalho que se realiza “em praticamente todas as dioceses, a que se chama pastoral das vocações de uma forma ainda genérica, ou o pré-seminário como uma iniciação e uma forma de acompanhamento próximo, direto, pessoal, sério, a alguns que porventura vão manifestando interesse nessa procura”.
Confrontado com o encerramento de alguns Seminários maiores e a concentração de seminaristas em cidades como Lisboa e Porto, o responsável pela Comissão relaciona o facto com o reduzido número de alunos e com as dificuldades de formar “um corpo docente adequado”.
“A formação teológica e sacerdotal deve ser muito rigorosa do ponto de vista teológico e tenta-se recorrer a escolas com capacidade para essa formação séria, profunda e rigorosa”.
O diácono, palavra de origem grega que pode traduzir-se por servidor, é especialmente destinado na Igreja Católica às atividades caritativas, a anunciar a Bíblia e a exercer funções litúrgicas, como assistir o bispo e o padre nas missas, administrar o Batismo, presidir a casamentos e exéquias, entre outras funções.
O diaconado exercido por candidatos ao sacerdócio só é concedido a homens solteiros, enquanto que os diáconos permanentes, também do sexo masculino, podem ser casados e devem ter mais de 35 anos.
Notícia atualizada às 23h57
LS