Clero da Madeira reuniu com D. António Carrilho

Pelo segundo ano consecutivo, o clero da Madeira reuniu-se para celebrar o dia dedicado ao presbitério, numa referência à data da entrada e tomada de posse de D. António Carrilho como Bispo do Funchal. A celebração decorreu ontem, vez na paróquia do Estreito de Câmara de Lobos.

 

Os paroquianos do Estreito de Câmara de Lobos esmeraram-se no acolhimento ao Bispo do Funchal e aos sacerdotes da nossa diocese que ontem celebraram na igreja local. Desde a confecção de tapetes de flores que envolveu mais de trinta pessoas, passando pelos arranjos florais no interior do templo, até aos cumprimentos de parabéns pela data que se assinalava, tudo estava rodeado de um ambiente familiar e fraterno.

 

Deste tal modo que, “a partir da assembleia que nos acolhe, desta igreja ampla e bela, podemos ver as todas as nossas comunidades cristãs que estão aqui vivas e presentes, através dos párocos que as representam”, disse na homilia da celebração D. António Carrilho.

 

Logo à chegada, ainda no adro, o Bispo do Funchal foi cumprimentado com cânticos por um grupo de crianças, ligadas à Fundação Jacinta Ornelas, e por inúmeros populares.

 

Dia do clero e Ano Sacerdotal

Na missa de acção de graças pelo 2.º aniversário da entrada e tomada de posse de D. António Carrilho incluíram-se também outros acontecimentos: o 2.º Dia diocesano do clero (com muita participação) e o início do Ano Sacerdotal na nossa diocese. Em declarações ao Jornal da Madeira, o Bispo do Funchal disse vivenciar esta ocasião “com muita alegria e a esperança de que seja mais uma expressão e factor de comunhão do nosso Presbitério”.

No essencial, “um dia sem outras preocupações e objectivos que não sejam estarmos juntos, convivermos, concelebrarmos a Eucaristia, como acto central da nossa vida sacerdotal e fonte de energia para a nossa acção pastoral”, disse.

Além disso, lembrou as “duas grandes referências” que neste contexto, e no presente, se propõem a toda a Igreja: “a figura do Apóstolo Paulo, nesta parte final do Ano Paulino; e o Santo Cura d’Ars, nos cento e cinquenta anos do seu nascimento, sob cujo patrocínio o Papa Bento XVI colocou o Ano Sacerdotal, por ele convocado e que decorrerá de 19 de Junho de 2009 (Solenidade do Sagrado Coração de Jesus) a 19 de Junho de 2010. São referências e estímulos à vida e acção pastoral de todos e cada um dos Sacerdotes”, sublinhou.

Na sua homilia, D. António Carrilho dirigiu palavras de solidariedade aos “nossos emigrantes que”, embora “integrados noutras comunidades não deixam de celebrar as tradições religiosas da sua terra. Queremos ser solidários com eles nas dificuldades e lutas da vida”, afirmou.

 

Depoimentos enaltecem personalidade

Entre os muitos fiéis presentes na celebração de ontem, na igreja do Estreito de Câmara de Lobos, encontravam-se alguns casais da diocese do Porto – onde D. António foi Bispo Auxiliar durante oito anos. Falando à nossa reportagem, Maria da Natividade Paranhos não esquece “o grande sentido de pastoral” (do agora Bispo do Funchal) e realça as suas qualidades de “pessoa supercomunicativa, muito humano em todas as acções e decisões, muito meigo, como se fosse nosso familiar desde sempre; estamos particularmente felizes por este aniversário e viemos dar-lhe os parabéns; o Porto continua no seu coração, estamos certos”, disse esta professora que em termos de apostolado trabalha na pastoral familiar e é presidente das Vicentinas em Santa Maria Leça do Balio.

Da parte da comunidade paroquial do Estreito de Câmara de Lobos registámos o depoimento da professora Gorete, uma das responsáveis pela preparação dos arranjos florais e do extenso tapete no adro da igreja. “Ao todo trabalharam trinta pessoas neste tapete de flores, desde o fim-de-semana; é tudo fruto de muita dedicação para homenagear D. António. Não se trata de idolatrar o senhor Bispo, mas sabe-se que a gente pode ser Igreja e amar as pessoas que estão na Igreja por amor ao Senhor; no fundo, é o Senhor Jesus que estamos a homenagear na pessoa do senhor Bispo e dos sacerdotes que aqui estão. Estamos felizes por este dia e achamos que os simples têm um coração mais humilde e sabem ver as coisas mais além”.

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Agência ECCLESIA

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