Clero da Ilha do Pico reflecte sobre Eucaristia

A diocese de Angra dedica-se ao último ano do Triénio sobre o tema “Pastoral de Domingo”, com especial incidência “Do dia de Domingo à vida da semana”, abrindo para “uma perspectiva sócio caritativa”. Em vésperas de terminar o Triénio, o clero da Ilha do Pico, reúne-se em simpósio dedicado à Eucaristia, tendo como principal objectivo “a missão do viver a eucaristia durante a semana e combater a ida à missa, apenas enquanto rito, no Domingo como se isso estivesse desvinculado do quotidiano”, explica à Agência ECCLESIA e o Pe. Marco Gomes, pároco de São Mateus. Porque ao invés “a Eucaristia é algo de vital que inspira a vida”. Nesse sentido a organização do Simpósio do Clero da Ilha do Pico, durante o mês de Maio, é composto por actividades dirigidas a todos, com temas específicos. “Queremos recentrar a vida das comunidades no Domingo, partindo de uma perspectiva de fé, mas projectado na semana”. O primeiro encontro debruçou-se sobre a Palavra, o segundo teve como tema “A Partilha de bens na Eucaristia”, preparado precisamente pelo Pe. Marco Gomes. O orientador tinha como objectivo “aclarar algumas ideias sobre o ofertório”. O sentido da colecta “não é de servir de intervalo entre as duas mesas, mas a apresentação de dons implica perceber o porquê de dar, qual a origem e o destino”, explica. Surgem daqui três dimensões concretas para a apresentação de dons. A perspectiva material de ser necessário pão e vinho para celebrar a Eucaristia. A segunda dimensão é a dimensão pessoal de “cada um que leva a sua vida como oferta pessoal”, explica. A terceira dimensão é social de “partilha em favor dos pobres”. Nas comunidades e celebrações “a passagem da cesta acaba por ser muito pobre, porque pobre é o espírito com que se faz a oferta”. A preocupação real é de fazer a Eucaristia “algo de central”, que seja meta da semana que se viveu, mas “inspiradora para o que aí vem”, suscita o Pe. Marco Gomes. Todas estas reflexões foram partilhadas com a Cáritas Diocesana da Ilha do Pico. Esta instituição é entendida como se fosse um grupo, mas é antes “uma das dimensões da Igreja”, sublinha o Pe. Marco Gomes. À dimensão profética e litúrgica se junta a sócio caritativa, “desenvolvida por esta instituição”. Todos os agentes da pastoral se “devem rever na Cáritas porque esta não é um grupo fechado, mas representa um ministério em nome da comunidade”. O Simpósio vai ainda continuar até ao princípio do mês de Junho. Temas como a “Identidade do Catequista – hoje”, “O Canto e a Música na Eucaristia” e “O Culto Eucarístico fora da Missa” serão ainda reflectidos pelos participantes.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top