Uma clarissa madeirense está a representar Portugal no Encontro internacional das responsáveis pelas federações das Irmãs de Santa Clara. É o primeiro acontecimento do género que se realiza em Roma e destina-se a aprofundar as fontes do carisma franciscano, em correspondência com as necessidades do nosso mundo. O encontro que reúne, desde finais de Janeiro passado, representantes das Clarissas dos cinco continentes. A representar o nosso país está a Irmã Maria da Cruz, do Mosteiro da Caldeira, Câmara de Lobos, e actual presidente da Federação das Clarissas em Portugal. Os temas em refexão enquadram-se no centenário destas religiosas fundadas por Santa Clara, em 1254. Em Portugal continental, “a primeira comunidade instalou-se em Lamego, passando em 1259 para Santarém”; e na Madeira, desde o início do povoamento, há 500 anos. Após sérias dificuldades causadas pela legislação liberal de meados do século XIX, entre outras, que culminou com a perseguição e extinção das ordens religiosas no nosso país, a vida claustral das Irmãs clarissas organizou-se a partir de 1928, primeiro no Mosteiro do Louriçal; e depois na Madeira, desde 1931, no Mosteiro de Nossa Senhora da Piedade, mais conhecido por Convento da Caldeira (Câmara de Lobos). Outra comunidade das Clarissas na nossa diocese situa-se no Lombo dos Aguiares (Santo António), onde se destaca a “presença” santificadora de Madre Virgínia da Paixão.