Congregação missionária quer adequar pastoral à actualidade
A congregação dos missionários Claretianos recorreu a uma empresa de estudos de mercado para averiguar caminhos de identidade e de missão.
Um trabalho de ano e meio de entrevistas e inquéritos devolveu à congregação respostas sobre a identidade e sobre o trabalho que os missionários querem desenvolver nos próximos 20 anos.
O Pe. Artur Teixeira, provincial reconduzido no governo dos Missionários Claretianos, explicou à Agência ECCLESIA a necessidade de se adequarem ao tempo actual.
“Não podemos adormecer no raio-x que fazemos. Devemos sim, com a ajuda de outros que nos valorizam e detêm critérios mais objectivos e especializados, perceber melhor o caminho e a forma como podemos concretizar a nossa acção”.
O estudo identificou mudanças humanas na identidade e geografia da congregação e “lançou pistas que precisamos agora concretizar, pois toda a nossa vida deve estar em coerência interna, procurando credibilizar a própria Igreja”, explicou o provincial.
A província portuguesa integra ainda as missões de Angola e São Tomé e Príncipe. Este factor oferece “um desafio cultural aos Claretianos e muda a própria identidade da congregação”, explica o Pe. Artur Teixeira.
O Capítulo provincial que encerrou no passado dia 10, indicou a necessidade de “reforçarmos a nossa espiritualidade e coesão dentro da congregação, reavivando a vida comunitária”.
A nível pastoral o Pe. Artur Teixeira indica a necessidade de “dar respostas de qualidade no trabalho apostólico”, sempre com “audácia e criatividade”.
A formação vocacional e o discernimento foi outra área identificada como essencial. “Devemos apostar na formação com responsabilidade”, promovendo o discernimento “cimentado nos dias de hoje não de há uns anos atrás, ajudados por formadores preparados” para que “a entrega possa ser um sinal de autenticidade, simplicidade e transparência”.