Cisjordânia: Autoridades israelitas estão a monopolizar acesso à água, denuncia organização católica

Lisboa, 21 mai 2012 (Ecclesia) – A Sociedade Saint Yves (SY), organismo católico de Direitos Humanos ligado ao Patriarcado Latino de Jerusalém, diz que a política de racionamento de água do exército israelita, na Cisjordânia, é um “atentado” à sobrevivência dos palestinianos.

Num texto publicado na página do Patriarcado na internet, a instituição solidária denuncia que, só entre 2010 e 2011, as forças hebraicas demoliram “46 cisternas, prejudicando 14 mil pessoas e levando ao êxodo de várias famílias” palestinianas, que dependem sobretudo da agricultura e da criação de gado.

Segundo a SY, o Estado de Israel tem jurisdição sobre “todas as obras de construção de sistemas de água” e as licenças podem “levar anos”, tendo uma “percentagem de aceitação de 1 a 6 por cento, confirmada por estatísticas militares israelitas”.

“A maior parte das comunidades são vulneráveis às demolições, pois a necessidade urgente de água fala mais alto do que as considerações administrativas”, acrescenta.

Para aquele organismo católico, “a política de demolição das estruturas de água é o resultado de uma estratégia concertada por Israel para forçar a deslocação dos palestinianos”.

Como forma de resolver esta “causa humanitária urgente”, que “ultrapassa o conflito israelo-palestiniano”, a SY já fez chegar uma petição junto do Supremo Tribunal Israelita.

JCP  

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