Cinema: Transmissor de Paz

No seu mais recente Congresso Mundial, a SIGNIS (Associação Mundial Católica para a Comunicação) reuniu mais de 600 profissionais de meios de comunicação em torno de um compromisso: fazer dos direitos da criança uma prioridade.

No ano em que se celebram o 50º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos da Criança, o 30º Aniversário do Ano Internacional da Criança e, finalmente, se cumprem 20 anos sobre a adopção unânime pela ONU da Convenção dos Direitos da Criança (a 20 de Novembro), o Presidente da SIGNIS, Augustine Loorthusamy, destacou a responsabilidade particular dos profissionais católicos dos meios de comunicação de garantir o respeito pelos direitos e a propagação da voz dos mais novos, no contexto digital em que estes actualmente crescem.

Impossível de se alhear deste compromisso, os agentes que trabalham, a vários níveis, no meio cinematográfico conhecem bem o impacto que este tem junto dos mais novos. Programa obrigatório na agenda cultural urbana de pais e filhos, o cinema de lazer dita modas, lança reptos, inaugura termos e formas de discurso. Veicula mensagens fácil e profundamente impregnáveis na pele dos mais novos,  instaurando estilos e posturas de vida. É nesse sentido que as escolhas do cinema devem ser prévia e criteriosa-mente feitas, de forma não contundente ou redutora mas consciente, e depois alvo de exploração, debate, clarificação, de forma lúdica inclusive.

Longe, de se cumprir como lazer, o cinema tem por outro lado a possibilidade de, por exemplo no género documental, abrir os olhos e o coração de diferentes públicos para diferentes realidades geográficas, culturais, sociais, educativas, políticas ou religiosas. Nessa partilha, é de ressalvar a possibilidade do cinema amplificar o conhecimento e estreitar laços entre diferenças, com um papel manifestamente pacificador sobre, por exemplo, o que se desconhece ou se preconcebe como negativo.

Margarida Ataíde

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