Cinema: «O 13.º Dia» – Sugestão DVD no mês de Maria

 

Cinema: «O 13.º Dia» – Sugestão DVD no mês de Maria
Desde a sua existência, o cinema tem procurado de formas diversas perscrutar o coração de Maria e dos devotos, explicar, entender ou interrogar a sua condição, o seu Mistério, o seu papel na história de Deus connosco, da Igreja e da própria história.
Em 2009, estreou de forma um tanto acanhada em Portugal “O 13.º Dia”, obra cinematográfica dos irmãos Ian e Dominic Higgins. Apresentada no Centro Pastoral de Fátima, sem percorrer o circuito comercial em sala, mantém-se felizmente disponível em DVD pela Paulinas Editora.
Identificada como um relato, pela memória da Irmã Lúcia, das aparições de Nossa Senhora em Fátima, entre maio e outubro de 1917, a sua proposta vai mais longe.Enquadrando o contexto histórico da época, adverso à propagação dos ideais cristãos, “O 13.º Dia” atesta desde logo a Cova da Iria e o coração dos três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, como lugar preservado das convulsões políticas e sociais de então. Vivendo na pobreza e no despojamento, esse “lugar” improvável gerido entre a dureza da vida de trabalho e o ambiente bucólico que se presta à contemplação e à celebração das coisas simples e profundas, é pois o mais fecundo terreno onde frutificará o amor e proteção de Nossa Senhora. 
O uso maioritário do preto do branco, o jogo de luz e sombra, oferecem não só um registo cinematográfico e fotográfico de época, mas acentuam um mosaico de contrastes envolvendo os meninos, a família e a população entre o temor e a confiança, a dúvida e a certeza, o bem e o mal, a ameaça e a tranquilidade, o incómodo e a desacomodação de uma mensagem nova. 
O mesmo jogo de cor e o registo iconográfico, reservada às sequências das aparições, propriamente ditas, desperta igualmente questões interessantes sobre a presença do sagrado e do fenomenológico no filme. 
Proposta interessante para ver em família ou comunidade, juntando diferentes gerações, o filme presta-se a uma bom debate e partilha da Mensagem de Fátima, relacionando além do mais a forma como a ideia de temor a Deus tem evoluído no tempo para a vivência de Amor Profundo.  
A experiência de visionamento e debate foi recentemente feita em Setúbal, no âmbito do projeto “Despertar da Fé”, a cargo do Patriarcado de Lisboa, da Fundação e da Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich, com a colaboração da equipa de cinema da Pastoral da Cultura, e recomenda-se!
Margarida Ataíde

Desde a sua existência, o cinema tem procurado de formas diversas perscrutar o coração de Maria e dos devotos, explicar, entender ou interrogar a sua condição, o seu Mistério, o seu papel na história de Deus connosco, da Igreja e da própria história.

Em 2009, estreou de forma um tanto acanhada em Portugal “O 13.º Dia”, obra cinematográfica dos irmãos Ian e Dominic Higgins. Apresentada no Centro Pastoral de Fátima, sem percorrer o circuito comercial em sala, mantém-se felizmente disponível em DVD pela Paulinas Editora.

Identificada como um relato, pela memória da Irmã Lúcia, das aparições de Nossa Senhora em Fátima, entre maio e outubro de 1917, a sua proposta vai mais longe.Enquadrando o contexto histórico da época, adverso à propagação dos ideais cristãos, “O 13.º Dia” atesta desde logo a Cova da Iria e o coração dos três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, como lugar preservado das convulsões políticas e sociais de então. Vivendo na pobreza e no despojamento, esse “lugar” improvável gerido entre a dureza da vida de trabalho e o ambiente bucólico que se presta à contemplação e à celebração das coisas simples e profundas, é pois o mais fecundo terreno onde frutificará o amor e proteção de Nossa Senhora.

O uso maioritário do preto do branco, o jogo de luz e sombra, oferecem não só um registo cinematográfico e fotográfico de época, mas acentuam um mosaico de contrastes envolvendo os meninos, a família e a população entre o temor e a confiança, a dúvida e a certeza, o bem e o mal, a ameaça e a tranquilidade, o incómodo e a desacomodação de uma mensagem nova.

O mesmo jogo de cor e o registo iconográfico, reservada às sequências das aparições, propriamente ditas, desperta igualmente questões interessantes sobre a presença do sagrado e do fenomenológico no filme.

Proposta interessante para ver em família ou comunidade, juntando diferentes gerações, o filme presta-se a uma bom debate e partilha da Mensagem de Fátima, relacionando além do mais a forma como a ideia de temor a Deus tem evoluído no tempo para a vivência de Amor Profundo.

A experiência de visionamento e debate foi recentemente feita em Setúbal, no âmbito do projeto “Despertar da Fé”, a cargo do Patriarcado de Lisboa, da Fundação e da Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich, com a colaboração da equipa de cinema da Pastoral da Cultura, e recomenda-se!

Margarida Ataíde

 

 

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