Cinema: Novas Aventuras dos Primeiros Heróis Digitais

Quinze anos depois do primeiríssimo episódio, o cowboy Woody, o astronauta Buzz Lightyear e os amigos estão de volta em “Toy Story – Os Rivais (3D)”

É verdade, foi em 1995 que a Pixar e a Disney se juntaram pela primeira vez para produzir a primeira animação digital: “Toy Story”, uma história de faz-de-conta desenrolada no quarto de um miúdo, Andy, protagonizada por brinquedos cheios de vida personificando situações e relações de condição humana.

O caso que há década e meia apaixonou filhos e pais (sobrinhos e tios, netos e avós…) envolvia um Woody, cowboy ao seu melhor estilo clássico e brinquedo favorito do menino que, ameaçado pela chegada do reluzente e moderno astronauta Buzz Lightyear,  lhe monta uma armadilha em que ele próprio acaba por cair. Woody envergonha-se da sua atitude e aprende a respeitar Buzz quando é este que o salva de grandes sarilhos, provando a sua amizade.

Hoje, Andy tem 17 anos e outras prioridades, pelo que já não é Woody que se sente rejeitado mas todos os brinquedos quando são mudados do quarto para um sótão esquecido… cabe agora a Woody mostrar-lhes o que ele há muito aprendeu: que os amigos, bonecos ou humanos, nunca ficam para trás!

O que ontem era o último grito no cinema de animação, criada por computador, e com a qual as últimas gerações nasceram já como dado adquirido, dá hoje lugar ao furor da animação 3D.

Nem todos saberão, porém, que a animação 3D está longe de ser novidade – a primeira experiência cinematográfica tridimensional data de 1922 – e que, desde então, as diversas ondas de propagação do 3D – anos cinquenta, anos oitenta… -, mais ou menos tímidas, constituíram quase sempre factores de atracção de público e de combate à fraca afluência às salas de cinema em épocas de crise.

Dentro desse furor 3D que hoje nos fixa ao ecrã – dos cinemas, dos plasmas, etc… –  e que procura sobretudo os mais novos, “Toy Story” mantém-se firme no compromisso de fazer da tecnologia uma mais-valia para um bom conteúdo, levando aos mais novos uma proveitosa experiência cinematográfica e uma valiosa lição de vida, elevando valores como o altruísmo, a amizade ou a lealdade.

Margarida Ataíde

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