Cinema: Catarina Mourão gostou de ver documentário «Pelas sombras» na Capela do Rato

Lisboa, 22 Mar (Ecclesia) – A realizadora Catarina Mourão, autora de “Pelas sombras”, sobre a vida e obra da artista plástica Lourdes Castro, saudou a exibição do seu documentário na Capela do Rato, em Lisboa, na última quarta-feira.

“Gostei muito da experiência. Acho que os filmes só ganham em ser mostrados em contextos diferentes, com públicos diferentes. De certa forma a atenção e concentração que se tem numa igreja pode ter pontes de contacto com a atenção que se tem no cinema”, afirmou a realizadora em entrevista à Agência ECCLESIA.

Catarina Mourão acredita que “o cinema e as artes em geral podem ser uma via de transcendência”, palavra que para a autora abrange tudo o que transporta “para uma dimensão diferente, mais espiritual e emocional”.

A transcendência “é de certa forma aquilo que nos permite aceder a zonas do nosso inconsciente que não exploramos normalmente, mas também a qualquer coisa que nem sempre conseguimos explicar racionalmente”, acrescentou.

Para Catarina Mourão, a arte “tem um papel fundamental” no acesso à transcendência, e o cinema, “pela sua dimensão onírica, é facilmente uma janela” para essa dimensão ao compreender “a subjectividade, a poesia, a metáfora e o sublime”.

“Pelas sombras” ganhou o prémio Signis Portugal-Árvore da Vida, da Igreja Católica, na edição de 2010 do IndieLisboa, festival internacional de cinema independente.

RM

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