Cinema: A sequela do humor

Entre os géneros cinematográficos mais populares encontra-se a comédia, através da qual o cinema tem feito, ao longo dos tempos, muitas e eficientes críticas sociais. Quando o humor é saudável e a narrativa se sustenta num argumento com pés e cabeça, os efeitos são positivos, transmitindo-se ideias válidas e mantendo o espectador divertido.
Em 2006 Shawn Levy realizou «À Noite no Museu», aproveitando um conto recheado de fantasia com alguma informação sobre a História dos Estrados Unidos e, também, sobre outras épocas e outras regiões. Original no seu contexto, era um filme sem desmedidas ambições, mas capaz de entreter o público e não desperdiçar o tempo em coisas inúteis.
A ambição dos produtores de Hollywood é por vezes desmedida, preferindo-se o caminho fácil de repisar o trabalho já feito desprezando a busca de novos temas ou de novos rumos. E foi assim que dois pequenos produtores, enquadrados pela Fox , se lançaram numa sequela pouco consequente.
«À Noite no Museu 2» repete o que no primeiro episódio era original, sem nada lhe acrescentar. Retoma as figuras de museu que durante a noite adquirem vida, mas a justificação da presença do protagonista entre elas é agora muito forçada. As figuras históricas nada acrescentam ao que expuseram anteriormente e nem o presidente Teddy Roosevelt, interessantíssimo, adquire agora a dimensão que merecia, até pelo cuidado posto por Robin Williams na reconstituição da sua imagem.
A generalidade do público poderá ficar mais ou menos satisfeita com a sucessão de gags, mesmo estes não muito frequentes, em geral suportados por sequências muito movimentadas, com correrias muito no estilo dos velhos tempos do cinema mudo.
Os dois filmes realizados por Shawn Levy ganharão se forem vistos em conjunto, mas é no primeiro que se reúnem as razões de ser da iniciativa e em que realizador e actores mostram a desejada inspiração para obterem uma comédia de sucesso.

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Agência ECCLESIA

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