Fundação do Vaticano ajuda doentes de SIDA O Vaticano lançou um apelo a todos os católicos para que ofereçam 5 Euros em favor da luta contra a Sida. A iniciativa é promovida por ocasião do Natal, com o slogan “5 Euros para acender uma estrela de Natal” – o montante necessário para adquirir uma caixa de anti-retrovirais. Segundo o presidente do Conselho Pontifício da Pastoral da Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, este gesto é como colocar um enfeite na árvore de Natal, para que possa mudar a vida de uma pessoa. A Fundação do Vaticano “Bom Samaritano” necessita de cerca de 160 Euros (220 dólares) por ano para administrar a um doente os medicamentos anti-retrovirais mais essenciais. Segundo o prelado mexicano, os cinco Euros agora pedidos podem ser um início. Nos seus primeiros meses, de acordo com dados divulgados pelo Conselho Pontifício, a Fundação distribuiu donativos no valor de um pouco mais de 266 mil dólares. “Os recursos foram utilizados exclusivamente na aquisição de medicamentos anti-retrovirais”, assinala o Cardeal Barragán. A Fundação da Santa Sé para os doentes de Sida, “O Bom Samaritano”, está a comemorar o seu segundo ano de actividade, afirmando-se como “expressão de amor solidário e preferencial da Igreja para com as pessoas abandonadas”. A Fundação foi criada por João Paulo II e ratificada por Bento XVI, tendo começado por comprar medicamentos para os doentes mais necessitados em países da África, da Ásia e da América Latina. “O Bom Samaritano” é uma espécie de Fundo Global da Igreja Católica e trabalha de duas formas: o primeiro movimento consiste em solicitar recursos entre os católicos de todo o mundo; a segunda operação é distribui-los para a ajuda aos doentes mais pobres e desprotegidos a nível internacional, bem como para a prevenção da Sida. 95% dos doentes de Sida não têm dinheiro para comprar os anti-retrovirais e 26,7% dos Centros de cuidados para os doentes de Sida no mundo são administrados pela Igreja Católica.