Rosário Farmhouse enviou mensagem para Comité Católico Internacional reunido em Fátima
Fátima, Santarém, 23 mar 2012 (Ecclesia) – A alta comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural em Portugal destacou hoje o papel da Igreja no “processo de socialização” e na criação de novos caminhos para as comunidades ciganas
Rosário Farmhouse enviou uma mensagem aos participantes no encontro do Comité Católico Internacional para os Ciganos, reunido em Fátima até domingo.
“Numa altura em que o mundo está a ser abalado por conflitos, desigualdades gritantes e incompreensões, este será um momento apaziguador e de reflexão profunda sobre os que nos rodeiam e que merecem a nossa solidariedade e respeito”, refere o documento enviado à Agência Ecclesia.
A responsável manifestou o seu “apreço por esta iniciativa que promove não só a união espiritual, como congrega homens e mulheres vindos de vários locais e com diversas origens, movidos por um objetivo comum”.
“A realização deste encontro em Fátima, solo sagrado, e a mobilização de todos numa oração universal, na Capelinha das Aparições, trará seguramente consigo o renovar da esperança num futuro mais promissor para todos e reforçará a capacidade de compaixão que nos aproxima dos que mais precisam de nós”, assinala a alta comissária, comentando o gesto que marcou o início da iniciativa, no Santuário católico.
Segundo Rosário Farmhouse, este encontro, “cuja partilha com ciganos tão diversos, mas tão semelhantes nos seus anseios, nas suas fragilidades e forças, trará um enriquecimento e uma nova luz para a construção de uma sociedade mais justa e solidária”.
O Comité Católico Internacional para os Ciganos vai juntar no Santuário mariano diversos representantes europeus, com a presença do presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga; do bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto; e do diretor da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos, frei Francisco Sales.
A iniciativa tem o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e durante os trabalhos vai ser lida uma mensagem do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes (CPPMI), organismo da Santa Sé.
Entre as principais matérias que irão ser abordadas, destaque para o papel dos cristãos ‘frente a uma sociedade cada vez mais estruturada, mas que cria marginalidade’, matéria que vai ser abordada pelo economista João César das Neves.
O Comité Católico Internacional para os Ciganos, com sede na Bélgica, foi criado em 1976 para promover o debate entre as comunidades ciganas e atender às suas necessidades humanas e espirituais.
Desde o seu início, aquele organismo, atualmente com cerca de 50 elementos vindos de 14 países, trabalha em proximidade com a Igreja Católica, especialmente através do CPPMI e das capelanias nacionais ligadas aos ciganos e migrantes.
O encontro de Fátima vai concluir-se com uma missa presidida por D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa e vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
JCP/OC